Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Cidades têm dia com trânsito pesado, falta de água e celular mudo

Aulas da rede pública foram suspensas em AL e PB; metrô no Recife para por 4 horas

DE FORTALEZA DO RECIFE DE SALVADOR

O blecaute que atingiu o Nordeste na tarde de ontem motivou transtornos noite adentro para a população.

Os reflexos mais imediatos foram no trânsito --apesar do restabelecimento gradual da energia ao final da tarde, a volta do trabalho foi caótica nas principais cidades, em razão dos semáforos apagados.

No Recife a situação foi mais grave porque o metrô parou por quase quatro horas --o sistema transporta 200 mil pessoas/dia. Houve princípio de tumulto na estação central, com usuários forçando a passagem e intervenção da Polícia Militar.

A operadora de caixa Midiã Dutra, 20, esperou uma hora para entrar na estação. "Foi terrível. Não faço ideia da hora em que vou conseguir embarcar", disse.

O trânsito também travou nos grandes centros porque muita gente foi dispensada do trabalho mais cedo. Comerciantes fecharam as portas por falta de meios eletrônicos de pagamento.

"Não adianta trabalhar porque, além da insegurança, não conseguimos passar cartões", reclamava Wander Santana, dono de loja de autopeças em Natal.

Em Maceió, a vendedora de cosméticos Lavínia Calaça, 25, estava preocupada com os juros que pagaria por não ter conseguido quitar uma conta em lotérica.

Muitos ficaram presos em elevadores. Em uma rua da Pituba, bairro de Salvador, cinco prédios registravam o problema por volta das 16h.

O estudante de engenharia Felipe Plessim, 27, foi uma dessas pessoas --perdeu as aulas do dia por ter ficado preso no elevador de casa.

Alunos ficaram sem aulas também na Paraíba e em Alagoas, com a suspensão de atividades na rede pública.

Houve também impactos em serviços essenciais, como saúde e abastecimento de água. Ao menos um hospital particular de Fortaleza suspendeu o atendimento de emergências simples por não ter como fazer exames.

Na maior unidade de emergência hospitalar de Pernambuco, no Recife, o gerador do andar da UTI não funcionou, e pacientes ligados a aparelhos só sobreviveram graças às baterias dos equipamentos.

Houve também problemas nas redes de comunicação --poucos completavam ligações de celular e conexões de internet móvel.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página