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Economia para pagar juros da dívida recua 59%

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

A economia feita pelo setor público para pagar juros da dívida voltou a decepcionar. O volume de dinheiro reservado para fazer esse pagamento somou apenas R$ 2,3 bilhões em julho, uma queda de 59% em relação ao resultado apurado no mesmo período do ano passado.

A queda no chamado superavit primário foi puxada pelo desempenho de Estados e municípios, que amargaram um deficit de R$ 1,5 bilhão, segundo o Banco Central.

De janeiro a julho, a economia feita pelo governo federal, Estados, municípios e algumas estatais somou R$ 54,4 bilhões, valor 23,6% menor do que o verificado no mesmo período de 2012.

A importância do superavit primário é manter a dívida pública sob controle, ao mesmo tempo em que retira pressão sobre a inflação ao limitar o aumento das despesas dos governos. O ritmo fraco de crescimento econômico (que afeta a arrecadação com impostos), as desonerações, os gastos para subsidiar o custo da energia e o rápido aumento das despesas públicas explicam a queda do valor, destaca relatório do Itaú.

Diante desse cenário fiscal difícil, a meta de economizar o equivalente a 2,3% do PIB em 2013 (R$ 110,9 bilhões) não deve ser cumprida, acrescenta o banco, cuja projeção para o ano é um superávit de 1,7%. O valor economizado nos últimos 12 meses é de apenas R$ 88,2 bilhões, o que representa 1,9% do PIB.

A meta original para este ano era fazer um esforço fiscal de 3,1% do PIB, mas ela foi reduzida justamente devido à dificuldade dos governos em conter os gastos e elevar as receitas.

A economia baixa de Estados e municípios é a maior ameaça ao não cumprimento da nova meta. A previsão é que os governos regionais economizem 1% do PIB, mas em 12 meses o resultado não chega à metade disso.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, disse que o resultado negativo dos governos regionais no mês passado foi atípico e a expectativa é que a receita com tributos como o ICMS se recupere neste semestre.


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