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Vestido para escapar

Repercussão de espionagem digital dá impulso ao desenvolvimento de roupas que impedem o rastreamento de seus usuários

JENNA WORTHAM DO "NEW YORK TIMES"

Em tempos de vigilância das redes sociais e espionagens globais, um novo mercado começa a ser vislumbrado: o das roupas antivigilância, que impedem que seus usuários sejam detectados por drones (aviões não tripulados) ou localizados pela posição de seus celulares.

Nos EUA, as roupas já têm nome: "stealth". A palavra, em inglês, significa acobertamento, mas é usada por engenheiros para sistemas que impedem o rastreamento de aviões ou mísseis por radares ou outros sensores.

Muitos dos projetos foram criados apenas como protótipos, mas Adam Harvey, um dos projetistas interessados em desenvolver moda antivigilância, trabalha para levar ao varejo suas ideias, entre as quais casacos que evitam detecção por drones.

Harvey e sua sócia no projeto, Johanna Bloomfield, levantaram pela internet US$ 60 mil para fabricar um acessório para celulares, o OFF Pocket, uma capinha para o aparelho que cria um espaço pelo qual ondas de rádio não passam, o que bloqueia a transmissão de dados e som e impede que o celular transmita informações sobre sua localização.

Os dois originalmente estabeleceram a modesta meta de US$ 35 mil em capital, o que bastaria para produzir uma pequena linha de protetores para celulares. Mas o projeto atingiu a meta em sete dias. Quase 600 OFF Pockets foram encomendados.

Harvey atribui o interesse ampliado pelo projeto à crescente conscientização do público a respeito de preocupações de segurança e privacidade.

ESCONDERIJO DE BOLSO

A primeira versão foi concebida como um bolso permanente em uma de suas calças jeans. No momento, as capas para celular custam US$ 85, mas Harvey espera fabricá-las em escala suficiente para reduzir o custo.

O equipamento foi testado com os modelos de celular mais procurados e com as grandes operadoras de telefonia móvel. O projeto, que combina diversos metais e formas de náilon, "funciona como uma gaiola metálica, mas é inteiramente flexível e feito de tecido", ele diz.

Harvey também está colaborando com o New Museum, uma organização de arte de Nova York, para criar uma "loja de brindes de privacidade", que operará até o dia 23 de setembro.

Seu objetivo é criar uma companhia que venda sua linha de projetos e produtos de proteção da privacidade.

"É algo que desejo fazer já há algum tempo", diz. "Há uma grande oportunidade de divulgação de suas marcas, no momento, para aqueles que fornecem produtos de privacidade."

Tradução de PAULO MIGLIACCI


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