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Negociador de conflito armado ajuda a pôr fim a novela societária

DE SÃO PAULO

As negociações para a saída de Abilio Diniz do Grupo Pão de Açúcar ocorreram de forma silenciosa desde o fim de junho, quando o empresário contratou os serviços do antropólogo norte-americano William Ury, especialista em negociações de conflitos de difícil solução.

Ury passou duas décadas mediando conflitos na Indonésia, na Venezuela, na África do Sul, na ex-Iugoslávia e no Oriente Médio. Nos anos 1980, ajudou o governo dos EUA a criar uma fórmula para contornar o risco de guerra nuclear com os soviéticos.

Ury é um dos criadores do Programa de Negociação da Universidade Harvard e já participou de negociações de conflitos societários e políticos em vários países.

Também mediou conversas entre o governo colombiano e as Farc e trabalhou com famílias e empresas que buscavam soluções pacíficas para disputas internas.

O lema do especialista é focar os interesses de cada lado, em vez de discutir o que cada um perdeu. Ou seja: leva um tempo, mas as coisas sempre se ajustam.

Quando o especialista entrou para ajudar Abilio na disputa, Jean-Charles Naouri, do grupo Casino, entendeu que havia de fato disposição para chegar a uma solução.

Até então, a disputa acontecia sob holofotes e com trocas de acusações públicas.

Os interesses de Naouri nas negociações foram conduzidos por David Rothschild, com quem o francês trabalhou no mercado financeiro. Foi Rothschild quem apresentou Abilio a Naouri, no fim dos anos 1990. (CR, TS E RL)


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