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Análise

Até o final do ano, preços perderão o alívio de tarifas de ônibus e alimentos

Política econômica falhou quanto ao crescimento, mas permitiu alta da inflação

O IPCA de agosto registrou inflação baixa, de 0,24%, mas aumentou em relação à variação de julho (0,03%). Os fatores que puxaram para baixo a inflação de julho perderam força e, por isso, a inflação aumentou.

Foram observadas quedas menos acentuadas nos grupos Transportes e Alimentação e Bebidas, tendo em vista a menor influência da redução das tarifas de transporte e o recuo menos intenso de alimentação no domicílio.

Nesse sentido, agosto deve ser o último mês de 2013 com uma inflação mais moderada, já que os impactos pontuais das passagens e de diversos gêneros alimentícios devem continuar a se dissipar ao longo de setembro.

Além disso, os próximos meses devem contar com impactos ainda mais contundentes da recente desvalorização cambial. Vale observar que os bens comercializáveis já começaram a refletir o câmbio mais depreciado, com destaque para as maiores pressões em automóveis novos, eletrodomésticos, mobiliário, farinhas e panificados.

A média nos núcleos de inflação, em 0,42% no mês, também sinaliza um quadro prospectivo menos favorável para a inflação no varejo.

E ainda se deve observar uma elevação dos preços de combustíveis, dado que a diferença entre os preços internacionais e domésticos tem caminhado para uma situação insustentável.

Entretanto, apesar de serem esperadas taxas mensais de inflação mais elevadas, a inflação acumulada em 12 meses não deve subir.

Isso ocorrerá porque, nos últimos meses de 2012, a inflação esteve igualmente alta, e vamos substituir esses valores por outros resultados também elevados.

Assim, depois do pico alcançado em junho para a inflação em 12 meses, de 6,70%, essa estatística recuou para 6,27% em julho e 6,09% em agosto. Daqui em diante, as oscilações devem ficar mais próximas de 6,0%.

E essa taxa, que é elevada para padrões globais, pode ser considerada normal para o Brasil de hoje. A verdade é que a nova política macroeconômica, com o intuito de gerar maior crescimento econômico, aceitando uma inflação um pouco mais alta, falhou quanto ao crescimento, mas permitiu que a inflação se elevasse.

Assim, este será o quarto ano consecutivo em que a inflação ficará perto do teto da meta e o terceiro ano consecutivo de crescimento baixo. E as expectativas para 2014 não são diferentes, vamos seguir com alta inflação e baixo crescimento.


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