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Eike acerta venda do porto do Sudeste

Trading holandesa Trafigura e fundo árabe Mubadala devem ficar com 65% do empreendimento da MMX

Acordo prevê o pagamento de US$ 400 mi; porto assume dívida da MMX, estimada em R$ 3 bi

RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

O empresário Eike Batista está perto de vender o controle do porto do Sudeste, que pertence à MMX, para o consórcio formado pela trading holandesa Trafegara e pelo fundo árabe Mubadala.

Os dois lados anunciaram ontem que se comprometeram a negociar com exclusividade durante um mês para tentar fechar o negócio.

Trafigura e Mubadala pretendem adquirir 65% do porto do Sudeste, o que deixa a MMX e Eike Batista com uma participação ainda relevante do negócio, de 35%.

O acordo prevê o pagamento de US$ 400 milhões pelo consórcio por meio da subscrição de ações em um aumento de capital da subsidiária MMX Porto do Sudeste.

Esse valor é o necessário para concluir as obras do porto, localizado em Itaguaí (RJ).

Além disso, o porto vai assumir toda a dívida da MMX Sudeste Mineração, estimada em R$ 3 bilhões.

Não está claro o valor total do negócio, mas pode chegar a R$ 3,6 bilhões (US$ 400 milhões mais o equivalente a 65% da dívida).

O porto também vai se responsabilizar pelas dívidas referentes ao título MMXM11. Os detentores desse papel têm o direito de receber US$ 5 por tonelada embarcada no porto, quando estiver pronto.

Como se trata de uma receita futura, não há segurança de quanto isso significa. Mas, pelo valor que os títulos são negociados hoje, o mercado estima que valem cerca de R$ 3 bilhões.

Segundo a Folha apurou, Eike, que detém 67% dos títulos MMXM11, vai utilizar parte dos seus papéis para quitar uma parcela da sua dívida com o Mubadala.

O empresário pagou US$ 500 milhões ao fundo de Abu Dhabi, mas ainda deve US$ 1,5 bilhão. Ele não pode, porém, entregar todos os títulos, porque parte deles foi utilizada como garantias para empréstimos bancários.

GLENCORE

Com a exclusividade acertada com Mubadala e Trafigura, foram interrompidas as negociações com a Glencore e com o grupo de brasileiros formado por CSN, Vale, Gerdau e Usiminas.

A trading Glencore esteve perto de selar o negócio com a MMX, mas, ontem pela manhã, Eike bateu o martelo em favor de Trafigura e Mubadala.

O formato das propostas era diferente, mas os suíços perderam o negócio por uma diferença de US$ 100 milhões. A Mubadala também teria se comprometido a emprestar uma quantia emergencial à MMX.

Com uma capacidade inicial de 50 milhões de toneladas e previsão de estar pronto em meados de 2014, o porto do Sudeste é um dos ativos mais atrativos de Eike.

O porto é estratégico para exportar o minério de ferro produzido em Minas Gerais. Eike também tinha interesse em vender as minas da MMX, mas não encontrou interessados, porque os investimentos são muito altos.


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