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Análise

Uso de rede social por executivo tem 'zona cinza'

CVM está monitorando a utilização da ferramenta, em que muitas vezes não se sabe se há informação ou marketing

DA REUTERS

O crescimento do uso das redes sociais por companhias abertas e seus executivos acendeu uma luz amarela para os reguladores do mercado brasileiro, que já começam a discutir o assunto, a exemplo da órgão regulador do mercado financeiro dos EUA.

Mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que já informou ao mercado que está monitorando as ferramentas e logo se manifestará sobre o assunto, deve ser mais restritiva quanto a permitir o uso desses recursos por empresas abertas e seus executivos, segundo analistas.

Para a autarquia, a publicação dos fatos relevantes das companhias em suas páginas do Twitter ou Facebook é vista como um complemento das informações oficiais.

Procurada, a CVM informou que não havia comentários adicionais no momento.

O assunto ganhou mais projeção com o uso frequente do Twitter pelo empresário Eike Batista, que elegeu a rede social --seu perfil hoje tem quase 1,4 milhão de seguidores-- para demonstrar confiança em seus negócios, algumas vezes com comentários que geraram ampla repercussão entre investidores.

"[Essas informações] ficam na linha cinzenta se são oficiais ou não", disse o especialista em governança corporativa, Alexandre Di Miceli. Segundo ele, o caso levantou a questão de até que ponto empresas e executivos podem ir nas redes sociais.

Com a crise que envolve o seu grupo, a presença de Eike na rede social passou a ser mais esparsa e as últimas postagens são do fim de maio.

"Ainda que uma empresa não use as redes sociais como canal de comunicação com seu acionistas, apenas para fins de marketing, a fronteira entre o que é marketing e informações aos acionistas não é clara", disse o advogado Raphael Martins.

Para ele, a CVM deverá manter o canal oficial como prioritário para a divulgação de informações, e as redes sociais serão regulamentadas como meios complementares para a informação chegar ao maior número de pessoas.

"Talvez o caminho que a CVM busque é que a companhia esclareça ao mercado de antemão quais serão os canais de informação dela."

Em abril, os reguladores nos EUA disseram que as companhias poderiam usar Twitter e Facebook para fazer anúncios-chave, desde que informassem os investidores quais sites utilizariam.


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