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Cor e personalização são armas de smartphones para ganhar sobrevida
ALEXEI ORESKOVIC POORNIMA GUPTA DA REUTERS, EM SAN FRANCISCOCores brilhantes, texturas divertidas e personalização logo chegarão a um smartphone perto de você, à medida que os fabricantes passam a recorrer ao mundo da moda para estimular as vendas em um mercado superlotado.
Apple e a Motorola, controlada pelo Google, estão entre as companhias que tentam marcar pontos pelo estilo, já que inovações tecnológicas revolucionárias se tornam mais difíceis de conquistar, em um setor que está chegando à maturidade.
A Motorola, que um dia liderou o mercado e agora está sob o controle do Google, vem tentando reconquistar consumidores com o Moto X, e para isso confia em parte em cores e inscrições personalizadas e revestimentos como a madeira.
Robert Brunner, fundador da consultoria de design Ammunition e ex-diretor de desenho industrial da Apple, diz que a personalização é uma tática já muito explorada, quando a singularidade do produto começa a sumir.
"E as cores são a resposta clássica nesse sentido. Se você o fizer na hora certa, elas propiciam um bom aumento de vendas em cada ocasião."
Boa parte das especulações em torno de novos iPhones neste ano se concentraram em cores e materiais, em contraste com anos anteriores, nos quais a maior esperança era o lançamento de algum recurso revolucionário.
Os consumidores enfrentam um mar de "retângulos brancos ou pretos", que empregam softwares parecidos e têm capacidades semelhantes, diz Carolina Milanesi, analista do grupo de pesquisa Gartner. "Você precisa daquele gancho instantâneo na loja, e isso vem do estilo."
Produzir telefones mais elegantes, porém, pode elevar os custos e tornar mais desafiadora a gestão de estoques e a projeção de demanda. Assim, o sucesso no jogo da moda requer dominar novas capacitações de cadeia de suprimento e de produção.