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Crise de Eike arranha país, diz Mantega

Em evento em SP, ministro da Fazenda diz que situação da petroleira OGX é um problema para a imagem do Brasil

Em NY, na semana passada, Mantega foi questionado por investidores estrangeiros

(CLARA ROMAN) DE SÃO PAULO

Celebrado pelo governo até o primeiro semestre deste ano como um exemplo de empresário, Eike Batista foi citado ontem pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) em termos bem menos favoráveis.

Em evento em São Paulo, Mantega afirmou que a crise das empresas do grupo EBX, de Eike Batista, atrapalha o desempenho da economia brasileira e arranha a reputação do país.

"A situação da OGX já causou um problema para a imagem do país e para a Bolsa da Valores que já teve uma deterioração de 10% por causa dessas empresas", disse ele.

Segundo a assessoria do ministro, Mantega se refere a cálculos de consultorias do mercado de que, da queda que o Ibovespa sofreu neste ano, cerca de 10% se referem ao peso das empresas X --o índice acumula baixa de cerca de 14% em 2013.

A declaração foi feita em evento na FGV (Fundação Getulio Vargas), em São Paulo, para discutir o crescimento do país.

"Isso [a crise do grupo X] continua atrapalhando o desempenho da economia brasileira, que na Bolsa é muito bom. Mas claro que você pode ter uma empresa que não tenha desempenho suficiente e nos atrapalhe", disse.

"É uma solução de mercado. Espero que eles consigam se ajeitar o mais rápido possível", disse Mantega.

Desde o fim do ano passado, as empresas de Eike enfrentam crise de credibilidade do mercado e perda no valor das ações. Depois de bater recordes de captação na Bolsa, a principal operação da OGX no campo de Tubarão Azul foi revista e a meta de produzir 50 mil barris diários foi deixada de lado.

Aliado a isso, a crise também contou com problemas na transparência da situação do grupo, e demora em avisar ao mercado da realidade.

"MAIS EIKES"

Em maio deste ano, porém, o empresário era citado como exemplo pela presidente da ANP, Magda Chambriard. "Gostaria de ter mais Eikes nos leilões, ele pelo menos entrega produção", afirmou, após leilão no qual a empresa arrematou 13 áreas.

"A OGX já furou, com toda a controvérsia da OGX, mais de 100 poços, não é empresa ruim, ela investe mais do que as outras, até mais do que devia, e faz as coisas mais rápido que as outras."

O empresário era elogiado no passado também pela presidente Dilma Rousseff.

CREDIBILIDADE

Na semana passada, em um seminário para investidores em Nova York, o ministro havia sido questionado sobre a crise do grupo X. Na ocasião, Mantega afirmou que a solução para a petroleira OGX, de Eike Batista é problema do governo e que a deterioração da empresa afetou muito a Bolsa do Brasil, que teria tido um desempenho abaixo do esperado por causa do grupo.

"É um grupo privado. Não tem uma ligação com o governo e, portanto, a solução da OGX é de mercado. É o mercado quem tem de dizer quando o grupo vai ser saneado e quando vai deixar de causar problemas para o mercado de capitais."


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