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País cresce menos que emergentes, diz FMI

Fundo prevê que expansão do PIB brasileiro será menos da metade da média dos seus pares no próximo ano

Órgão estima expansão de 2,5% da economia em 2013 e 2014 e recomenda aumento da taxa de juros

DE SÃO PAULO

Pela segunda vez neste ano, o FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu a sua previsão de crescimento para o PIB brasileiro no ano que vem e agora prevê que a economia nacional vai crescer menos da metade da média dos países emergentes.

O Fundo estima agora expansão de 2,5% para a economia brasileira em 2014, 0,7 ponto percentual menos que na previsão anterior, de julho. Na sua primeira projeção, em janeiro, o organismo previa crescimento de 4%.

No caso dos emergentes, a previsão é de alta de 5,1%, ante estimativa anterior de 5,5%.

O desempenho projetado pelo FMI, se confirmado, mostra um cenário cada vez mais frequente: o Brasil em ritmo mais fraco que seus pares. Nos anos 80 e na primeira metade dos anos 90, era comum a economia brasileira crescer mais rápido que a média dos emergentes. No período de 2001 a 2012, no entanto, em seis anos o Brasil cresceu menos da metade do que os países em desenvolvimento --e, em 2009, registrou retração, enquanto os mercados emergentes cresceram.

A explicação passa tanto pelas dificuldades brasileiras de acelerar o crescimento e manter o ritmo forte (em 2010, por exemplo, o PIB teve alta de 7,5%, mas freou para 2,7% em 2011), como pelo fato de muitos emergentes estarem em um estágio econômico anterior, o que "facilita" crescimentos mais fortes.

"Não tem sido um período tranquilo exatamente [de 2011 para cá], mas os ingredientes necessários para seguir em frente e manter a economia estável estão lá", afirmou ontem Thomas Helbling, diretor do FMI, citando problemas enfrentados pelo Brasil como superaquecimento da economia, inflação, crise europeia e, mais recentemente, turbulência nos mercados.

Apesar da redução, o FMI está mais otimista que os analistas consultados pelo Banco Central para o seu relatório Focus, que apontam alta de 2,2% para 2014.

Para 2013, o Fundo manteve a sua previsão de crescimento de 2,5% para o Brasil. Já os emergentes devem se expandir em 4,5% (0,5 ponto percentual menos que sua estimativa de julho), com fortes recuos nas projeções para Rússia, México e Índia.

Em 2012, o PIB brasileiro avançou 0,9%, e o dos emergentes, 4,9%.

"A recuperação do Brasil vai continuar em ritmo moderado, ajudado pela depreciação no câmbio, por um ganho de força do consumo e por políticas que visam o aumento do investimento", disse o Fundo em relatório.

No entanto, afirma que a inflação alta (o IPCA acumula alta de 6,1% em 12 meses até agosto) está afetando a renda real e pode "pesar no consumo". Por isso, recomenda o aumento na taxa de juros. O Banco Central já elevou os juros quatro vezes neste ano, de 7,25% para 9%, e a expectativa é que suba novamente na reunião de hoje.

Dívida pública e gargalos na infraestrutura são alguns dos problemas apontados pelo FMI
dinheiropublico.blogfolha.uol.com.br


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