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Whirlpool no Brasil é multada por cartel

Comissão Europeia pune quatro companhias do setor de compressores de refrigeração

GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO

A unidade de compressores de refrigeração da Whirlpool no Brasil foi multada pela Comissão Europeia sob acusação de participação em cartel do setor entre 2004 e 2007, em toda a Europa.

Ao todo, quatro empresas e suas subsidiárias concordaram em pagar € 161 milhões (R$ 386 milhões) ao órgão para encerrar o processo.

A maior multa foi aplicada à dinamarquesa Danfoss e sua subsidiária na Alemanha (€ 90 milhões, cerca de R$ 216 milhões).

A brasileira Whirlpool S.A. (Unidade Embraco), junto com a Embraco na Itália, terá de pagar € 54,5 milhões

(R$ 131 milhões).

O cartel envolvia pequenos compressores utilizados principalmente em geladeiras e refrigeradores domésticos e em equipamentos como máquinas de sorvete.

"ACC, Danfoss, Embraco, Panasonic and Tecumseh visavam políticas coordenadas de preço na Europa e manter as participações de mercados estáveis em uma tentativa de recuperar os aumentos de custos", diz comunicado da Comissão Europeia.

As italianas AAC e Elettromeccanica foram multadas conjuntamente em € 9 milhões (R$ 21 milhões), enquanto a japonesa Panasonic terá de pagar € 7,668 milhões (R$ 18 milhões).

Todas tiveram suas multas reduzidas por reconhecerem a culpa e aceitarem o acordo.

A norte-americana Tecumseh e suas unidades no Brasil e na Europa, que também faziam parte do cartel, escaparam das multas por terem denunciado sua existência.

"Em tempos de dificuldade econômica, é ainda mais importante promover a competição justa e aumentar a luta contra cartéis que causam danos à produtividade e ao crescimento", disse Joaquin Almunia, Comissário de concorrência da UE, em nota.

OUTRO LADO

Em nota, a Embraco afirmou que "a empresa é comprometida com a concorrência justa e aberta, e violações da política da companhia ou das leis locais não são aceitas e não serão toleradas em quaisquer circunstâncias".

"É um caso muito embaraçoso", afirmou o presidente-executivo da Danfoss, Niels Christiansen à Bloomberg. Ele diz que os funcionários envolvidos no cartel não estão mais na empresa.

A Panasonic "leva essa questão a sério e vai se esforçar para manter a confiança da opinião pública", disse o porta-voz da Panasonic na Alemanha, Katsuyuki Ito, também à Bloomberg. A AAC não comentou o assunto.

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