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Fundo DI e pós-fixados ganham com juro em 10%

Investimentos darão retorno alto enquanto os juros subirem no país

No campo oposto, os títulos e fundos prefixados sofrem desconto com a elevação das taxas

DE SÃO PAULO

Com os juros do governo de volta a dois dígitos (a Selic, o juro básico brasileiro, subiu de 9,5% para 10% na semana passada), os fundos DI e os papéis pós-fixados em geral voltaram a superar o ganho da poupança e oferecem uma boa rentabilidade aos aplicadores.

Essas aplicações são indicadas até que o Banco Central retome o ciclo de redução de juros, o que não está no radar dos investidores em 2014.

Além dos pós-fixados, como a LFT (Letra Financeira do Tesouro) comprada no Tesouro Direto, os títulos indexados pela inflação também estão com taxas atraentes.

De acordo com Samy Dana, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas), as NTN-B (Notas do Tesouro Nacional Série B) e NTN-B Principal (Notas do Tesouro Nacional Série B Principal) são os títulos mais indicados.

"Como são indexados à inflação, conseguem manter o poder de compra do investidor", afirma.

Vale lembrar que os os ganhos com títulos públicos sofrem desconto de Imposto de Renda e que há outros custos nesse tipo de aplicação, como taxa de corretagem.

Mas não são todos os papéis do Tesouro Direto que saem ganhando com o aumento de juros para conter a inflação no país. Os títulos prefixados sofrem com a chamada "marcação a mercado", que dá um desconto no preço dos títulos em função do aumento do juro básico.

O impacto da Selic sobre esses investimentos, porém, deve ser limitada. André Perfeito, economista-chefe da corretora Gradual Investimentos, aposta em mais duas altas da taxa em janeiro e fevereiro de 2014 e, depois, em estabilidade do juro, que terminaria 2014 em 11% ao ano.

Diante do juro elevado dos pós-fixados, a poupança torna-se menos atraente, embora pague 0,5% ao mês mais a TR enquanto a Selic estiver acima de 8,5%. Abaixo disso, a poupança paga 70% da Selic mais TR para depósitos a partir de 4 de maio de 2012.

O quadro ao lado mostra simulações de investimento de R$ 5.000 por 12 meses com desconto de IR quando há incidência. Das aplicações avaliadas, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) que paga 85% do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro, taxa média de juros dos empréstimos entre bancos) rendem mais.

"Vale destacar, porém, que esse tipo de papel é difícil de ser vendido pelo investidor antes do vencimento em caso de necessidade de resgate do dinheiro", diz Michael Viriato, professor do Insper, instituto de ensino e pesquisa.


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