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TRIMESTRE PERDIDO

Investimento desaba e economia do Brasil encolhe 0,5% no 3º tri

Juro mais alto, crédito mais escasso e imprevisibilidade reduziram confiança do empresariado

Para o ano de 2013, economistas mantêm previsão de alta do PIB de cerca de 2,5%; dólar sobe e vai a R$ 2,376

PEDRO SOARES DO RIO

A economia brasileira encolheu de julho a setembro como reflexo da queda na confiança dos empresários, que, diante de juros mais elevados e crédito restrito, reduziram os investimentos em 2,2% na comparação com o segundo trimestre.

A queda levou a economia brasileira a registrar, no terceiro trimestre deste ano, a primeira retração desde o início de 2009, logo após a crise global. O PIB encolheu 0,5% ante o período anterior.

Em relação ao terceiro trimestre de 2012, PIB e investimentos cresceram, embora em menor ritmo que em trimestres anteriores. Antes do resultado, previsões apontavam alta do PIB neste ano de 2,5%, mas, agora, analistas estimam avanço de 2,2%.

O PIB tende a reagir nestes três últimos meses do ano e registrar "um avanço moderado", segundo economistas.

VOO DE GALINHA

Uma parte da queda do terceiro trimestre se explica ainda pela surpreendente expansão do segundo trimestre, quando o PIB avançou 1,8% (0,3 ponto mais que a estimativa anterior), após revisão nos dados de 2012 e 2013, com a mudança no cálculo do setor de serviços.

"O saldo do ano aponta para um baixo crescimento. Voltamos ao perfil de voo de galinha', mas num patamar menor. A economia dá sinais de que não consegue crescer muito além de 2%", diz Sílvia Matos, economista da FGV.

Entre as travas, estão a piora das finanças do governo e a possibilidade de redução da classificação de risco da dívida do país (que rebate no custo maior dos empréstimos das empresas no exterior).

Já outras causas vêm de longa data, como a reduzida produtividade da força de trabalho e gargalos na infraestrutura do país.

Nesse ponto, uma esperança para 2014 são as concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, que podem ajudar a acelerar os investimentos.

Usados para tentar segurar a inflação, os juros maiores, por seu turno, ainda vão afetar a economia no ano que vem. O crédito escasso e mais caro e a confiança abalada devem conter o ânimo de empresários e consumidores.

Com a queda de julho a setembro (resultado pior do que países europeus em crise), economistas refizeram suas contas e estimam um PIB de cerca de 2% em 2014, provavelmente inferior ao de 2013.

Na esteira do mau humor dos analistas, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,81% em relação ao real (R$ 2,376), maior valor em três meses.


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