Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

País está com 'pernas mancas', diz Mantega

Em discurso a empresários da indústria, ministro atribui crescimento fraco à falta de financiamento para consumo

Fazenda também afirma que juros subsidiados do BNDES vão continuar, mas taxa deverá subir um pouco

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

A economia brasileira está andando com "duas pernas mancas", segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda).

"A economia brasileira está crescendo com duas pernas mancas: de um lado, o financiamento ao consumo, que está escasso, e, de outro lado, a crise internacional, que nos rouba uma parte da nossa possibilidade de crescimento", disse, em discurso durante seminário promovido pela Confederação Nacional da Indústria, em Brasília.

Segundo o ministro, o baixo crescimento do mundo é um "vento contrário" ao desempenho do país.

Já internamente, o aumento da inadimplência levou os bancos a ficar mais cautelosos na liberação de novos empréstimos, o que está limitando a expansão do consumo.

O ministro destacou, porém, que a inadimplência do consumidor está em queda e que a economia mundial se recupera, fatores que devem colaborar para a retomada da economia brasileira.

JURO MAIOR DO BNDES

Ele também anunciou que o programa do BNDES que oferece juros subsidiados será mantido em 2014, mas com taxas um pouco mais altas.

A elevação tem como objetivo reduzir os custos do governo para cobrir os subsídios, já que os juros são mais baixos que os de mercado.

Os empresários aplaudiram quando ele disse que o programa seria mantido, mas não repetiram o gesto ao ouvir que as taxas subirão.

O ministro argumentou que o aumento acompanha a elevação da Selic, taxa básica de juros da economia.

Na compra de caminhões, ônibus e máquinas, os juros anuais passarão de 4% para 6%. Os para investimento em inovação vão de 3,5% para 4%. Os de financiamento à exportação, de 5,5% para 8%.

ARRECADAÇÃO

Mantega também aproveitou para antecipar que a arrecadação de impostos em novembro superou R$ 110 bilhões, recorde para o mês.

Já era esperado um resultado recorde por causa da arrecadação de R$ 20 bilhões com a recuperação de dívidas tributárias, em três programas que ofereceram descontos de juros e multa para pagamento de impostos atrasados, à vista ou parcelado.

Mantega rebateu críticas de que não estaria cumprindo a meta de superavit primário --economia para pagar juros da dívida. Segundo ele, a dificuldade do governo reflete os cortes de impostos para estimular os investimentos.

Anteontem, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, declarara no Senado que, "quanto mais [superávit] fiscal, melhor".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página