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Fundos de índice batem recorde de negociações em novembro

ETF permite diversificar investimento em ações com baixo custo

GIULIANA VALLONE
DE SÃO PAULO

O mau momento do mercado acionário brasileiro não afetou o crescimento dos fundos de índice negociados na Bolsa de Valores.

Os chamados ETFs (Exchange Traded Funds) bateram recorde de número de negócios em novembro, chegando a 86.037 operações, 186% mais do que no mesmo período de 2010.

Esses fundos de investimento replicam sempre o desempenho de um dos índices da Bovespa. A diferença para fundos de ações comuns é que suas cotas são negociadas diretamente na Bolsa.

"O ETF é uma alternativa de investimento simples, principalmente para os novos investidores em Bolsa", afirma Daniel Vieira, gerente de produtos de Renda Variável da BM&FBovespa.

"Com eles, é possível diversificar sua exposição com uma só operação, e montar uma carteira de investimento com baixos custos", diz.

O fundo de índice de maior destaque no mercado -hoje, são dez ETFs negociados na Bolsa- é o BOVA11, que segue o Ibovespa e é responsável por quase 95% das transações com ETFs.

O número de cotas do fundo cresceu 46% entre janeiro e novembro deste ano, chegando a mais de 3.900. Em 1º de dezembro, seu patrimônio chegou a R$ 1,02 bilhão.

A vantagem desses fundos para os investidores que não têm experiência em Bolsa é que eles permitem comprar diversas ações por meio de uma só, gastando menos.

Quem compra o BOVA11, por exemplo, investe nas 69 ações que compõem o Ibovespa por cerca de R$ 580 -valor estimado para a compra de 10 cotas, o mínimo permitido pela BM&FBovespa.

"O fundo diminui os custos e dilui os riscos ao mesmo tempo", afirma Tatiana Grecco, superintendente da área no Itaú Asset Management.

O banco e a gestora BlackRock são os únicos operadores desses fundos no mercado brasileiro. Os dois projetam novos percentuais de crescimento em 2012.

"Existe uma evolução natural dos ETFs. O produto é novo no mercado, e à medida em que ele fica mais conhecido, mais investidores entendem que pode ser útil no seu processo de investimento", diz Luiz Felipe Andrade, presidente da BlackRock no país.

CUSTOS

Por ser fundo e ação, os ETFs são os únicos investimentos a cobrar taxa de administração e de corretagem. O percentual cobrado, no entanto, é bem menor que nos fundos convencionais.

As taxas de administração variam de 0,059% a 0,69% ao ano, contra média de 2,04% dos fundos de ações, segundo dados da Anbima (associação do mercado).

A ressalva dos investidores é que, apesar do crescimento de negociação, alguns dos ETFs ainda têm baixa liquidez, o que dificulta a compra e a venda no momento que consideram mais adequado.

É bom lembrar também que, como é negociado como ação, o fundo tem oscilação de preço de acordo com a procura pelo papel.

A BM&FBovespa deve lançar mais quatro fundos de índice no início de 2012, incluindo um atrelado ao Índice de Dividendos.

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