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Em 2008, apliquei na Petrobras, mas só tive prejuízo. O que devo fazer?

C.F.G., de Batatais

RESPOSTA DO PROFESSOR DA FGV WILLIAM EID JR. - A resposta é simples: esperar. Ações são investimentos para longo prazo. O que significa pelo menos dez anos.
Você não informa qual foi a ação, se ordinária ou preferencial, nem por quanto comprou. Vou supor que comprou as ordinárias.
Os dados de 2008 indicaram para a Petrobras ON preço mínimo de R$ 20,21, máximo de R$ 62,30 e médio de R$ 42,88.
Nos últimos dias, o preço dessa ação está em aproximadamente R$ 24,00. Considerando o preço médio de R$ 42,88, você está com um pouco mais de metade do seu patrimônio inicial.
Mas vamos fazer outra conta. Você se lembra que em 1999 pudemos usar parte do FGTS para comprar ações da Petrobras?
Na época, quem comprou pagou algo perto de R$ 3,50 por ação. Se o dinheiro fosse deixado no FGTS, o investidor teria atualmente R$ 5,00.
Se ele tivesse investido em renda fixa, um CDB por exemplo, teria aproximadamente R$ 13,50, depois de pago o IR. Com as ações, ele tem praticamente R$ 21,00, também descontado o IR.
Um retorno de 500% em 12 anos. E isso considerando a grande desvalorização causada pela crise internacional. Mas veja que foram 12 anos. Daí a sugestão: fique com as ações e pense nelas como um recurso para 2020. Não antes disso.
Aliás, essa tem de ser a estratégia de todos os que investem em ações: longo prazo. E quem faz isso não pode ficar olhando sempre as cotações e pensando em sair da Bolsa ou recuperar a aplicação.
E mais: você não pode ter uma data definida para resgate. Afinal, pode ser que em 2020 haja outra crise.
Paciência é a chave. Só ela é que traz resultados em investimentos de risco.
Outra questão: será que a Petrobras não está barata? Não será a hora de aumentar o investimento?

BAIXO RISCO
Tenho R$ 15 mil e posso poupar até 15% de meu salário (R$ 2.700 líquidos). Qual a melhor aplicação, se não quero grandes riscos?
D.O., de Ilhéus

RESPOSTA - Primeiro, parabéns pela disciplina. E não se preocupe em não querer grandes riscos, é natural. Ninguém quer arriscar muito o que é difícil de ganhar.
A sugestão é simples: comece com a tradicional poupança. Conforme o valor for subindo, você pode olhar para fundos de investimentos e Tesouro Direto.
Aí vale a pena estudar um pouco cada um dos produtos e compará-los. Quando tiver cerca de R$ 30 mil, é hora de analisar também os CDBs.
Mas observe algumas regras: não diversifique, já que o montante é pequeno; não fique pulando de um produto para outro (a análise deve ser feita anualmente); acompanhe o mercado para ver se não surgem produtos interessantes.

RENDA FIXA
Possuo R$ 25 mil na poupança, R$ 12,5 mil no CDB DI e R$ 12,5 mil no CDB pré. Devo passar uma parte da poupança para os CDBs?
R.P., de São Paulo

RESPOSTA - Com o atual nível de juros, a poupança é um dos investimentos de menor rentabilidade dentre as alternativas de renda fixa.
A conta é simples: compare a expectativa de rendimento da poupança com a dos CDBs, lembrando que neles você tem de pagar Imposto de Renda.
Lembre também de que a taxa que você vai conseguir com o CDB, seja ele pós ou pré, depende também do montante aplicado. Um caminho é negociar com o banco com o montante total, de R$ 50 mil.
Pense também no prazo da aplicação. No CDB, deve ser de pelo menos 24 meses para que a alíquota de IR seja a menor possível, 15%.
Se você conseguir manter metade em pré e metade em pós, melhor ainda.

EU INVISTO EM

Alinne Samy, atriz

"Sempre investi na boa e velha poupança -ganhei uma do meu avô quando era criança-, em CDB ou em [fundo] DI. E há três anos venho investindo em ações, o que ultimamente tem me causado uma certa dor de cabeça!"

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