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LinkedIn e sites estrangeiros vão reforçar operação local no Brasil

Quase um terço dos internautas do país usam as páginas de recrutamento, segundo estudo

Com abordagem virtual, consultoria conseguiu 6.300 candidatos qualificados para apenas 40 vagas

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

O crescimento da audiência dos sites de carreira no Brasil tem feito com que empresas globais especializadas em recrutamento on-line, como LinkedIn e Monster, reforcem a presença no país.

Dos 50,6 milhões de internautas brasileiros, 28,3% já acessam as páginas, ante 19% em outubro de 2010, segundo a consultoria comScore.

Principal rede social profissional, o LinkedIn chegou a 6 milhões de usuários inscritos no Brasil praticamente sem esforço e agora abre seu escritório no país para atrair empresas.

A estratégia envolve a venda de serviços como assinatura para acessar filtros on-line em que a companhia com vagas abertas pode varrer a base de usuários do LinkedIn em busca de candidatos.

"O Brasil é hoje o quarto maior país em audiência, atrás apenas dos Estados Unidos, da Índia e do Reino Unido", diz Osvaldo de Oliveira, presidente da operação local.

O alcance das redes sociais também gera otimismo entre os sites de carreira.

É o caso do Monster, que está no Brasil desde 2009 e que criou o aplicativo BeKnown, em que os usuários podem separar seu perfil pessoal no Facebook de seus contatos profissionais.

O portal, com 30 funcionários no país, pretende ampliar a força de trabalho em 50% para reforçar a abordagem a clientes corporativos.

ALIADOS VIRTUAIS

Entre as empresas que aderiram às redes sociais para recrutamento está a Ernst & Young Terco, que optou pelo uso misto de LinkedIn, para candidatos experientes, e Facebook para trainees.

Para as 40 vagas anunciadas no LinkedIn, apareceram 6.300 candidatos, segundo Armando Bordallo, diretor de Recursos Humanos.

O crescimento das redes sociais desafia os sites tradicionais de recrutamento.

No Brasil, o Catho permanece como líder do segmento de carreira, com 6 milhões de visitantes em outubro. No entanto, ante as empresas, o relacionamento é raso nesse tipo de portal.

"São bancos de currículos, em que não conseguimos filtrar exatamente o perfil do candidato pretendido", diz Bordallo, da Ernst&Young.

Procurada, a Catho não respondeu às solicitações de entrevista.

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