Gigante adia acordo para e-book e entra no Brasil via nuvem

A corrida entre Amazon e Apple para chegar ao Brasil antes das vendas de Natal começou nove meses atrás, para a gigante de Seattle.

Pedro Huerta, diretor de conteúdo do Kindle, e-reader da Amazon, iniciou conversas com as maiores editoras e depois contratou um profissional só para as negociações, mas elas se organizaram e resistiram. Três semanas atrás, na feira de livros de Santiago, ele admitiu prazo de 18 meses para abrir a loja on-line da Amazon no país -e na Argentina e no Chile.

Com o lançamento, nesta semana, da loja brasileira do iTunes e do iPhone 4 produzido no país, além do iPhone 4S, a Apple vence o primeiro round -ainda que com oferta restrita de conteúdo nacional. Mas a Amazon não fecha o ano de mãos vazias.

Dois meses atrás, anunciou o centro de dados em São Paulo, seu primeiro na América do Sul, e saiu atrás de profissionais para os seus serviços de web (AWS).

E hoje realiza o AWS Summit 2011, na zona sul de São Paulo, para o eventual cliente "descobrir como a nuvem ['cloud'] da AWS ajuda as empresas".

Falam na feira representantes dos sites Peixe Urbano e R7 e da Gol.

A disputa pelo mercado brasileiro se deve à perspectiva de crescimento no consumo de tecnologia. A Intel, ao divulgar seus resultados do terceiro trimestre, disse que o país já é o terceiro mercado para computadores, atrás da China e dos EUA.

E uma pesquisa da consultoria britânica DatacenterDynamics, com 5.400 executivos de empresas que "constroem e operam os centros de dados que sustentam a internet e armazenam grandes quantidades de dados corporativos", concluiu: "A próxima grande expansão da infraestrutura digital no mundo está em andamento em países em desenvolvimento como China e Brasil".