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IPI menor para carro nacional só vai vigorar a partir de 2013

Medida deve fazer parte da revisão do modelo automotivo

Pedro Silveira 29.nov.11 /Folhapress
Linha de produção da montadora Fiat do Brasil, localizada em Betim, no Estado de MG
Linha de produção da montadora Fiat do Brasil, localizada em Betim, no Estado de MG

MAELI PRADO
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA

O governo informou ontem que a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos nacionais só ocorrerá a partir de 2013, dentro da revisão do modelo automotivo.

A medida deve ser oficializada entre o final deste ano e o início do próximo, dando prazo às montadoras para se adaptarem.

Elas terão de cumprir uma série de exigências para ter direito à redução.

O governo também deve endurecer, de forma gradativa, o cálculo do índice de 65% de conteúdo nacional necessário ao benefício, alteração também válida a partir de 2013. Até lá, os importados pagarão 30 pontos percentuais a mais de IPI, como decidido em decreto de setembro deste ano.

Entretanto, a Fazenda e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio analisam regra de transição para montadoras que instalarem fábricas no país.

Essas empresas terão direito à devolução do IPI pago a mais nesse período ao cumprir metas semestrais de investimentos, dando segurança ao governo de que vão cumprir suas promessas.

A medida que eleva o IPI dos importados em 30 pontos, válida até dezembro de 2012, entra em vigor amanhã, quando acaba o período de adaptação de 90 dias estipulado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O aperto que o governo estuda instituir a partir de 2013 tem a ver com a base de cálculo de aplicação dos 65% de conteúdo nacional.

Em vez de o percentual ser aplicado sobre o preço de venda dos carros (que, além da produção, embutem custos administrativos, marketing, mão de obra e até o lucro), seria calculado com base unicamente no processo produtivo.

Na prática, isso significaria regras mais rígidas para as montadoras do que as estabelecidas no decreto que alterou o IPI, publicado em setembro e em vigor a partir de amanhã.

Ontem, o ministro Guido Mantega, em nota, descartou a redução do IPI de imediato por recear que os consumidores paralisassem suas compras à espera da medida.

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