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Petrobras vai investigar suposto suborno

Suspeita é que firma holandesa SBM Offshore tenha pago propina a funcionários da estatal, entre outras empresas

SBM confirma ser alvo de investigação nos EUA e na Holanda, por "práticas comerciais impróprias"

DO RIO

A Petrobras anunciou que vai "tomar providências cabíveis" para "averiguar a veracidade dos fatos" relacionados em denúncia de suborno feita por um suposto ex-funcionário da holandesa SBM Offshore, de quem aluga pelo menos oito plataformas, duas em construção.

Na quinta-feira, o "Valor Econômico" informou que uma investigação em curso nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Holanda apura casos de suborno pago pela SBM e que o suposto ex-funcionário havia revelado detalhes do esquema em postagem na Wikipedia.

A postagem, de outubro de 2013, relaciona a Petrobras entre as empresas para as quais a SBM teria pago propinas de US$ 139 milhões, entre 2006 e 2011. Cita outras práticas, em mais oito países, de mais US$ 136 milhões.

A SBM confirmou ser alvo de investigação nos EUA e na Holanda, após ter informado voluntariamente, em 2012, pagamentos "significativos" a autoridades e funcionários de empresas, em "práticas comerciais impróprias".

A SBM disse, ainda, ter sofrido tentativa de extorsão do ex-funcionário e que a publicação na Wikipedia ocorreu depois de ter se recusado a pagar a quantia exigida, de € 3 milhões. Comunicado oficial da empresa não cita Petrobras nem Brasil.

O ex-funcionário afirmou ter sofrido pressão para ajudar a encobrir o caso. A retirada da Petrobras da denúncia, diz, visa evitar a prisão de alto executivo da SBM.

Segundo ele, os pagamentos eram feitos por meio de empresas do empresário Julio Faerman. Um dos acordos teria falado em "comissão de 3%", dos quais 1% para Faerman e 2% para representantes da Petrobras.

A Folha procurou Faerman em seu escritório no Rio, mas um funcionário disse que ele está viajando.

O ex-funcionário lista, ainda, mensagens eletrônicas de abril de 2011 segundo as quais o presidente mundial, Bruno Chabas, teria perguntado "quanto trabalho teria de ser feito no Brasil", além de documentos reservados e o agendamento de reunião com funcionário da Petrobras a quem se refere como "Figueiredo" para tratar de contrato de aluguel "sem licitação".

A Petrobras nega ter sido notificada pela Justiça da "Holanda, Inglaterra e Estados Unidos" ou por "órgão de controle no Brasil sobre denúncias que se referem à SBM". O presidente da Petrobras no período, José Sergio Gabrielli, disse que não comentaria o caso.


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