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Auditoria sobre suposta propina acaba em até 30 dias, diz Graça

Foi a primeira vez que presidente da Petrobras comentou caso

SAMANTHA LIMA DO RIO

A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou ontem que a empresa concluirá em até 30 dias a auditoria interna criada semana passada para investigar denúncias de pagamento de propina a funcionários da petroleira pela fornecedora holandesa SBM.

A Petrobras aluga sete plataformas da SBM e tem outras duas encomendadas. Foi a primeira vez que a executiva comentou o caso.

"Estamos trabalhando para concluir em 30 dias e, ao longo desse período, não damos nenhuma informação sobre o assunto", disse, sem revelar o encaminhamento que será dado às informações levantadas.

Na Câmara, os deputados Mendonça Filho, líder do DEM e Antônio Imbassahy, entregaram pedido para formação de uma comissão especial para viajar à Holanda, em busca de informações. Até o início da noite, o pedido não havia sido votado.

A SBM identificou, em 2012, indícios de "práticas comerciais impróprias" em três países, um deles fora da África. Disse ter entregue os resultados da auditoria à Justiça nos EUA e na Holanda. A empresa não citou Brasil ou Petrobras.

O Ministério Público holandês informou à Folha que analisa as informações, mas que ainda não há inquérito criminal instaurado.

A Petrobras foi envolvida no caso após uma postagem no site Wikipedia, escrita por um suposto ex-funcionário da SBM. Ele detalha um suposto esquema de pagamento de propina, no qual 2% dos valores dos contratos iriam para funcionários da Petrobras e 1% para o empresário brasileiro Julio Faerman, apontado como intermediário. O total da fraude chega, segundo ele, a US$ 139 milhões no Brasil.

Faerman, dono das empresas Faercom Energia e Oildrive Consultoria, publicou ontem anúncio afirmando ter trabalhado com a SBM por 30 anos, mas que a empresa havia rompido a parceria em 2012, optando por reforçar seu escritório brasileiro.

O empresário classificou as informações de "levianas" e disse repudiar as "referências difamatórias e caluniosas dos últimos dias".

A SBM tem 9.600 funcionários. Seu principal negócio é o aluguel de plataformas construídas sobre navios. Há duas semanas, a empresa anunciou receita de US$ 3,45 bilhões, crescimento de 13% em relação ao ano anterior.

A SBM destacou, entre os novos projetos, novos contratos com a Petrobras, para o aluguel de duas plataformas, no valor de US$ 3,5 bilhões, para o campo de Lula, no pré-sal da bacia de Campos.

Entre os clientes, constam também Exxon, Shell e OSX, de Eike Batista, a quem vendeu uma plataforma.


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