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Acordo entre UE e Mercosul está mais 'próximo', diz Dilma

Presidente admite possibilidade de acerto sem a Argentina

LEANDRO COLON ENVIADO ESPECIAL A BRUXELAS ANDRÉIA SADI VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff e dirigentes da União Europeia afirmaram ontem que está cada vez mais próximo o acordo de livre-comércio entre Mercosul e o bloco europeu. A negociação foi o tema principal da Cúpula Brasil-União Europeia, em Bruxelas, que envolveu empresários e dirigentes políticos.

Todos saíram do encontro com o discurso de que, após reunião técnica marcada para 21 de março entre europeus e sul-americanos, é grande a chance de que os dois lados acelerem a troca de ofertas para selar o acordo.

Dilma chegou a dizer que é "real e concreta" a probabilidade de acerto depois de 14 anos de negociação.

"Eu acredito que estamos, pela primeira vez, perto de realizar esse fato. Da parte do Brasil, temos todo interesse e também por parte dos países que integram o Mercosul", afirmou, ao lado dos presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

A troca de ofertas entre Mercosul e UE deveria ter ocorrido até o fim do ano passado, mas tem sido protelada. Um dos principais entraves é a Argentina, que, em meio a sua crise econômica, resiste. Os europeus também já colocaram obstáculos.

Ontem, Dilma afirmou não acreditar que o governo argentino será problema. Mas, no domingo, disse a empresários em Bruxelas que admite a possibilidade de acordo com a UE sem a participação direta da Argentina.

Em jantar com 40 empresários, o prato principal foi o acordo.

Os empresários foram unânimes em defender um acordo com a UE. Segundo os relatos de participantes do jantar ouvidos pela Folha, Dilma chegou a prever que o acordo pode ser assinado antes de agosto deste ano. Mercosul e UE negociam um acordo comercial desde 2000.

ZONA FRANCA

Além de discutir o livre-comércio, a presidente aproveitou a visita para criticar a recente ação do bloco europeu na OMC (Organização Mundial do Comércio) contra a política de incentivos do governo brasileiro à indústria.

Na presença dos dirigentes, Dilma disse ter ficado "surpresa" e "estranhado" a atitude da UE, que havia questionado a política de incentivo à Zona Franca de Manaus e ao programa Inovar-Auto, do setor automotivo.

"Estranhamos a contestação, mesmo sabendo que é uma consulta prévia, de programas que são essenciais ao desenvolvimento sustentável da economia brasileira." Para ela, porém, o episódio não terá impacto na negociação com o Mercosul.

Ao responder sobre o assunto, Durão Barroso minimizou, alegando que o bloco só quer entender alguns instrumentos usados pelo governo.


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