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Com reajustes, lucro da Petrobras sobe 11%

Aumento dos combustíveis, no entanto, não elimina prejuízos da defasagem de preços com o mercado externo

Estatal anuncia redução de 7% no investimento para os próximos 5 anos, em meio à dificuldade de repassar custos

SAMANTHA LIMA LUCAS VETTORAZZO DO RIO

Reajuste de combustíveis, cortes de custos e vendas de ativos aliviaram a pressão no caixa da Petrobras, que conseguiu ampliar o lucro em 11% em 2013, para R$ 23,6 bilhões.

O repasse de preços ao consumidor, no entanto, não foi suficiente para evitar prejuízo de R$ 17,8 bilhões na divisão de abastecimento em 2013, uma vez que a empresa continua a cobrar pelo combustível menos do que paga na compra no exterior.

Nem evitou uma queda de 19% no lucro do quarto trimestre, de R$ 6,3 bilhões.

O país importa 400 mil barris dos 2,4 milhões de barris de derivados que consome diariamente. Depois de dois reajustes na gasolina e três no diesel, em 2013, as defasagens nos preços ainda são de 16% e 22%, respectivamente.

A área de abastecimento, aliás, foi a mais afetada pelo corte nos investimentos que a Petrobras anunciou ontem, logo após a divulgação do resultado financeiro.

Em meio às dificuldades de elevar a produção e em repassar na totalidade os custos da importação da gasolina e do diesel --missão especialmente difícil em ano eleitoral--, a empresa anunciou uma redução de 6,8% nos investimentos nos próximos cinco anos.

Dos US$ 236,7 bilhões previstos no período de 2013 a 2017, o plano reduziu os projetos para US$ 220,6 bilhões, de 2014 a 2018.

A área de abastecimento, que contempla as refinarias, vai contar com US$ 38,7 bilhões, ou 40% menos recursos. Já a de exploração e produção viu os recursos subirem 4,3%, para US$ 153,9 bilhões.

"A dificuldade de repassar os custos internacionais dos combustíveis importados para os preços no Brasil mina a geração de caixa e a capacidade de fazer investimento sem aumentar a dívida", diz Flávio Konder, economista-chefe da corretora Gradual. Acelerar os investimentos é fundamental para reverter o declínio da produção, lembra o analista.

DÍVIDA

A dívida, por seu turno, pulou 50%, de R$ 147,8 bilhões para R$ 221,6 bilhões, resultado dos pesados investimentos no pré-sal, em confronto com a dificuldade de expandir o lucro.

O nível de endividamento saltou de 2,77 para 3,52 vezes a capacidade de gerar caixa. No fim do ano passado, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota da Petrobras de A3 para Baa1, em razão do forte endividamento.

Em 2013, a receita da empresa avançou 8%, de R$ 281 bilhões para R$ 304,9 bilhões.

Pela manhã, a Petrobras informara que a produção no pré-sal atingiu pico de 407 mil barris diários e que pretende produzir 1 milhão de barris nesses reservatórios até 2017. Nem a notícia favorável livrou as ações preferenciais de cair 2,2% ontem.


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