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Caro Dinheiro

Invisto renda de aluguel em consórcio imobiliário ou mantenho em DI?

J.R.B., DE SÃO PAULO

É importante levar em conta, tanto na análise do aluguel recebido quanto na alternativa de um consórcio, que o Brasil passa por um momento de incerteza no mercado imobiliário, em que os preços de unidades novas estão muito altos.

Não é possível garantir que subam mais. Além disso, o retorno com aluguel se mostra baixo em relação ao oferecido por outros investimentos --na cidade de São Paulo, é de 0,4% do preço do imóvel, em média.

Uma opção é vender o seu imóvel, que oferece R$ 4.000 mensais em aluguel, como você diz em sua pergunta completa, para aplicar o valor do bem em investimentos mais rentáveis.

Para o consórcio, o fator mais importante a ser considerado é a sua disciplina como poupador. Nesses casos, paga-se uma parcela mensal e, ao final do período, não se recebe o total aplicado acrescido de juros. O valor acaba sendo menor porque o banco ou administradora cobra taxas de até 18% pelo serviço.

Investindo por conta própria, não há taxas administrativas e os rendimentos mensais são adicionados ao total aplicado. O consórcio só será uma escolha saudável caso haja indisciplina para guardar o dinheiro. Caso contrário, não vale a pena.

Analise a possibilidade de investimento em modalidades que ofereçam maior rentabilidade como substitutas ao consórcio.

Poupança e previdência privada são opções de baixo risco, mas oferecem retorno reduzido. Já aplicações de baixo risco e alta liquidez, como o Tesouro Direto e as letras de crédito, podem gerar maior rentabilidade.

O risco do Tesouro Direto, por exemplo, é o próprio governo brasileiro, que possivelmente não deixará de pagar os detentores dos títulos nos próximos anos.

Além disso, algumas corretoras não cobram taxas de administração para negociações dos títulos do governo via Tesouro Direto, o que permite retornos ainda mais vantajosos.

Pesquise os custos das corretoras e barganhe para conseguir taxa zero.

Em relação ao fundo DI, que você menciona em sua pergunta, é preciso avaliar as condições da sua aplicação para decidir se vale a pena manter os recursos.

Para ser vantajoso, o fundo DI precisa cobrar menos de 1% ao ano de taxa de administração. Além disso, é preciso verificar se o produto em que você aplica oferece baixo risco, investindo em papéis de empresas sólidas ou em títulos públicos.

Samy Dana é economista da FGV (Fundação Getulio Vargas) e escreve às segundas-feiras neste espaço. Fale com o Samy: @samydana


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