Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Amazon assina com editoras e vai vender livros em formato físico

Gigante americana do varejo deve iniciar comercialização no Brasil até o fim de maio

Diferentemente dos EUA, onde a empresa cuida das entregas, no país o serviço será terceirizado

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

A Amazon já assinou contrato com praticamente todas as grande editoras de livros do país e se prepara para iniciar a venda de livros físicos pela internet até o início de maio, apurou a Folha.

A varejista americana iniciou operações no Brasil em dezembro de 2012, mas passou os primeiros 13 meses vendendo apenas livros digitais e aplicativos.

Os notórios desafios logísticos e tributários do país atrasaram o início da venda de produtos físicos, que começou de forma quase experimental em fevereiro, apenas com o leitor de livros digitais Kindle e acessórios para o aparelho.

Procurada, a Amazon afirmou que não comenta rumores de mercado. Em entrevista à Folha em fevereiro, o presidente da Amazon no Brasil, Alex Szapiro, afirmou que a empresa só entra em um novo mercado quando se vê preparada para oferecer um atendimento que "melhore a experiência do cliente".

Diferentemente dos EUA, onde a empresa trabalha com um gigantesco centro de distribuição, no Brasil a Amazon optou por terceirizar a operação para a transportadora Directlog e para os Correios.

"A chegada da Amazon terá um impacto grande no mercado e acredito que eles vão crescer muito rápido pela qualidade do serviço", afirma Carlo Carrenho, consultor editorial e fundador do PublishNews, portal dedicado ao mercado editorial.

Para Carrenho, a Amazon vai imprimir um novo padrão de eficiência ao mercado, pressionando editoras e distribuidoras a agilizar processos logísticos.

"Quando você tenta comprar um livro que não está no estoque das livrarias virtuais, é comum a entrega levar 15, 20 dias. Isso demonstra a falta de eficiência logística na cadeia do livro", diz Carrenho.

"A Amazon vai exigir o cumprimento de prazos e isso pode gerar um efeito positivo em todo o mercado."

Independentemente da política de preços, Carrenho acredita que a qualidade do atendimento e a valocidade da entrega serão determinantes para a Amazon conquistar espaço no Brasil.

"Quando a gente fala em Amazon a gente pensa em descontos, mas a velocidade de entrega é crucial na venda de livros", diz. Ele lembra que mesmo em países como Alemanha, em que o preço de novos lançamentos é controlado por lei para proteger pequenas editoras, a Amazon tem ganhado mercado.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página