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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Seca vai diminuir oferta de etanol e açúcar

A seca que atingiu a região centro-sul até meados de fevereiro --região responsável por 90% da produção de cana no país-- vai reduzir a oferta de etanol e de açúcar na safra 2014/15.

Ontem, foram divulgadas as primeiras estimativas para a safra que começa a ser processada em abril.

A consultoria Datagro estima que a região vá moer 574,6 milhões de toneladas, uma queda de 3,6% em relação à temporada anterior.

Também especializada no setor, a consultoria F.O. Licht fez estimativa semelhante, de 575 milhões de toneladas de cana.

O nível de precipitações abaixo da média no período mais importante para o desenvolvimento da cana também prejudicou a qualidade da planta.

Segundo a Datagro, o volume de açúcar recuperável será 5,3% menor do que na safra 2013/14, totalizando 75,27 milhões de toneladas.

A produção de etanol será a mais comprometida. Serão produzidos 23,63 bilhões de litros, 7,4% menos do que no ano anterior.

Segundo Nastari, a recuperação dos preços do açúcar --estimulada também pelos problemas climáticos no Brasil-- estimulará as usinas a produzir mais açúcar do que o esperado inicialmente.

A Datagro estima que o volume de açúcar ficará em 33,2 milhões de toneladas --há 30 dias, a consultoria projetava 32,5 milhões de toneladas. Em relação à safra anterior, no entanto, haverá queda de 3,15%.

Mesmo com a safra mais "açucareira" no Brasil, principal exportador da commodity, a expectativa é que os preços continuem firmes.

"Outras geografias também estão enfrentando problemas climáticos, e a projeção de deficit mundial está mantida em 1,6 milhão de toneladas", disse ontem Nastari durante o Global Agribusiness Forum, organizado pela Datagro. Na safra passada, houve superavit de 2,66 milhões de toneladas.

Segundo ele, as exportações brasileiras de açúcar somarão 23,5 milhões de toneladas na próxima safra (-4,5%).

O especialista também espera que a recente alta no preço do etanol no mercado doméstico desestimule as exportações do produto, que cairão 35,8% em relação à safra anterior, para 1,7 bilhão de litros.

Plano Safra Apesar do corte no Orçamento da União neste ano, o ministro da Agricultura, Neri Geller, afirma que a pasta não trabalha com redução nos valores destinados ao Plano Safra. O ministério batalha também pela manutenção das taxas de juros praticadas.

China A desacelera- ção da China não afeta os negócios da JBS. As exportações globais da empresa para o país devem subir 20% neste ano, de acordo com Joesley Batista, presidente do conselho de administração. Em 2013, foram US$ 2 bilhões.

Nova associação Foi fundada ontem a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), fruto da união da Ubabef (setor avícola) e da Abipecs (suínos). A entidade nasce com 132 associados.

Liderança O ex-presidente da Ubabef Francisco Turra comandará a ABPA. Rui Vargas (ex-Abipecs) será o vice-presidente de suínos, e Ricardo Santin (ex-Ubabef), vice-presidente de aves.

Produtor de banana teme importações do Equador

Os produtores de banana se mobilizam contra a liberação das importações do Equador, prevista em instrução normativa de 20 de março do Ministério da Agricultura.

"Para que elevar a importação de um produto no qual somos autossuficientes?", questiona Agnaldo de Oliveira, da Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira, principal região produtora.

O setor teme a concorrência desleal da banana do Equador, onde os produtores teriam subsídios e a indústria seria dominada por multinacionais.

A importação estava proibida por questões sanitárias, e a autorização teria relação com um acordo automotivo entre os países.

O ministro da Agricultura, Neri Geller, disse que a medida visa evitar alta de preço.


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