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Novo reitor defende inovação na agenda pública

DO ENVIADO A SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Formado em engenharia eletrônica pelo ITA, com doutorado em economia pela Unicamp, onde era professor até ser escolhido em seleção pública como novo reitor, Carlos Américo Pacheco, 54, foi secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia (1999-2002) e participou da elaboração dos projetos que resultaram na criação de 14 fundos setoriais e na Lei da Inovação, de 2004.

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Folha - Inovação é a área a que o sr. mais se dedica. Qual a visão que tem dela?

Carlos Américo Pacheco - Inovação passou a ser uma palavra que responde a coisas diferentes, na cabeça de cada um. Vou me restringir ao sentido econômico. É o que as empresas fazem de modificação de produto, processo etc. Entre as várias formas de inovação que as empresas usam está a tecnológica.

Ela é fundamental para o desenvolvimento, porque grande parte do aumento de produtividade vem daí. E você não consegue crescimento sustentável sem crescimento de produtividade. O mundo vai andar problemático, mas o Brasil vai crescer pelo mercado interno, pelos recursos naturais. Mas o perfil do crescimento pode ser melhor ou pior, se a gente introduzir a inovação tecnológica nas agendas pública e privada.

Fala-se em divisão dos modelos de inovação, com maior e menor presença estatal.

No mundo inteiro não há desenvolvimento tecnológico que não tenha amparo do Estado. Recentemente, numa visita, o presidente da Boeing disse que não entendia a Embraer, porque a Boeing não sobrevive sem as encomendas do Estado americano.

Eu vejo dois modelos que funcionam. Nos EUA, o Estado faz isso com encomendas e atua também na pesquisa básica, com uma estrutura ímpar. O modelo europeu é feito mais sob a forma de editais, pesquisa cooperativa universidade-empresa.

O que o sr. recomenda?

O que se recomenda no mundo é um "blend" dos dois. A gente construiu um sistema parecido com o europeu. Agora, sobretudo depois da Estratégia Nacional de Defesa, a gente se aproxima de um "blend", um pouco por causa das encomendas de submarinos, do cargueiro da Embraer, do satélite.

Leia a íntegra da entrevista
folha.com/no1024728

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