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Previdência do Brasil é 2ª mais frágil, diz estudo
Aposentadoria precoce é um dos motivos
A Previdência Social será insustentável se não fizer reformas em breve, indica um estudo internacional da seguradora Allianz. Entre as mudanças sugeridas, uma das mais importantes é aumentar a idade mínima para a concessão dos benefícios.
Entre 50 países analisados, o Brasil aparece na segunda posição no ranking dos sistemas previdenciários com o maior risco de quebrar. Isso ocorre por dois principais motivos: os brasileiros se aposentam cedo e o total de contribuintes diminuirá devido ao envelhecimento da população nos próximos 30 anos.
O estudo aponta que os brasileiros se aposentam, em média, com 55 anos. A idade é baixa quando comparada à de países do topo da lista dos melhores sistemas, como a Austrália, onde o benefício costuma ser pago a partir dos 65 anos. Só na Turquia e na Tailândia (a pior do ranking) a média é de 55 anos.
Para mudar esse quadro, o governo precisa impor uma idade mínima para a aposentadoria e isso terá de ser feito em 10 ou 15 anos, afirma o economista Marcelo Caetano, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
"No resto do mundo, dificilmente o trabalhador se aposenta com menos de 60 anos", diz. Mas há outras mudanças necessárias, como o fim do pagamento de pensões por morte sem idade mínima do beneficiário, diz Caetano.
O Ministério da Previdência Social disse que não comentaria a pesquisa.
Veja o ranking de 50 países
folha.com/no1444888