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Acordo UE-Mercosul tem avanço, diz ministro

Segundo chanceler brasileiro, troca de ofertas entre os blocos é questão de semanas

FLÁVIA FOREQUE RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

A troca de ofertas entre Mercosul e União Europeia sobre os termos da criação de uma área de livre comércio "é uma questão de semanas, e não mais de meses", afirmou ontem o ministro Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores).

Desde dezembro, quando estava inicialmente programada a troca, os dois blocos tentam fechar suas propostas para começar a etapa de negociações bilaterais.

A expectativa é que a lista do Mercosul seja definida na semana que vem durante encontro dos países-membros em Caracas, na Venezuela, apurou a Folha.

A oferta contemplará produtos do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. A Venezuela, que ainda se adequa ao bloco, ficará de fora.

O objetivo é chegar a uma lista única que contemple pelo menos 90% do comércio entre os blocos, como prometido aos europeus.

Os quatro países já possuem ofertas individuais com o percentual almejado. O problema é que, no momento em que as listas são unificadas, o patamar cai.

Cada membro precisa, portanto, ceder um pouco e incluir na cesta produtos considerados sensíveis.

Do lado brasileiro, por exemplo, ainda há resistência em colocar medicamentos no cronograma de eliminação de tarifas.

Figueiredo não comentou detalhes das negociações, mas afirmou que atribuir à Argentina o atraso para a troca de ofertas é "um mito" e negou atraso do lado sul-americano.

"No caso dos europeus, ao final da elaboração da oferta, eles ainda vão ter que consultar os 28 membros [total de países que integram a União Europeia]", disse em audiência pública na Câmara dos Deputados.

Os negociadores correm para definir uma oferta até o próximo mês. A avaliação do governo é que, caso não seja feita a troca até a Copa do Mundo, em meados de junho, as tratativas terão de ficar para o ano que vem.

No segundo semestre, haverá eleições no Brasil e na Europa, o que atrapalharia o calendário bilateral.

"É um esforço muito complexo, técnico, e que já está em sua última fase. Esperamos que o lado europeu também seja capaz de fazer um esforço oportuno", resumiu o chanceler brasileiro.


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