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Produção cai e Petrobras lucra 30% menos

Estatal tem ganho de R$ 5,4 bilhões no 1º trimestre, com queda de 2% na extração de petróleo e gastos com PDV

Apesar do reajuste dos combustíveis no fim de 2013, prejuízo da área de abastecimento cresceu para R$ 4,8 bi

PEDRO SOARES DO RIO

Apesar dos preços mais altos dos combustíveis, a Petrobras lucrou menos no primeiro trimestre. O resultado ficou em R$ 5,4 bilhões, com queda de 30% em relação ao valor obtido em igual período de 2013 (R$ 7,7 bilhões).

O principal motivo para o fraco resultado foi a menor produção de petróleo no país, que caiu 2% em relação ao primeiro trimestre de 2013.

Segundo a estatal, a extração de óleo no período foi afetada pela parada de duas importantes plataformas.

O mau resultado se deve também ao aumento das despesas operacionais, devido à provisão extraordinária de R$ 2,4 bilhões referente ao Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário, que contou com a adesão de 8.298 empregados.

A redução do lucro da companhia, que é alvo de pedidos de instalação de CPI no Congresso devido à suspeita de compra superfaturada da refinaria de Pasadena (EUA), já era esperada e ficou próxima à cifra prevista por analistas --R$ 5,2 bilhões no período.

Na comparação com o quarto trimestre, o lucro da estatal caiu 14%. A empresa diz que o recuo ocorreu porque houve um benefício fiscal de R$ 3,2 bilhões no quarto trimestre que não se repetiu no primeiro trimestre.

Já o faturamento da companhia somou R$ 81,5 bilhões, com expansão de 12% ante o primeiro trimestre do ano passado graças ao reajuste dos preços dos combustíveis em novembro. Em relação ao quarto trimestre, houve alta de apenas 1%.

O aumento dos combustíveis em novembro (de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel) não foi suficiente para mudar o quadro da estatal.

Ela continua comprando derivados de petróleo (como gasolina e diesel) no mercado internacional e revendendo no Brasil com preço menor por causa da política do governo de evitar novos reajustes para não prejudicar a inflação no país, que está próxima de superar os 6,5% do teto da meta do governo --ficou em 6,28% em abril.

O prejuízo da área de abastecimento, responsável pelas importações, subiu de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2013 para R$ 4,8 bilhões de janeiro a março deste ano.

Os papéis preferenciais da Petrobras, sem direito a voto, fecharam o pregão de ontem com queda de 1,17%, cotados a R$ 17,67, mas chegaram a subir até 2,01% no início do dia --a Bolsa já estava fechada quando o resultado financeiro foi divulgado.

Segundo analistas, os investidores aproveitaram as altas recentes para vender os papéis e embolsar lucros.

PRODUÇÃO

Para a presidente da Petrobras, Graça Foster, a queda da produção não será a tônica deste ano, e a meta de expansão de 7,5% está mantida.

Temos confiança no alcance da meta de crescimento."

A executiva destaca que no terceiro trimestre vão começar a produzir duas novas plataformas. Outra unidade tem previsão de entrar em operação no último trimestre.


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