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Petrobras deseja reajuste 'moderado' de combustíveis

Sem falar em percentuais, presidente da estatal reafirma necessidade de aumento

Apesar de alta nos preços no fim de 2013, setor responsável pelas importações teve um prejuízo maior no 1º tri

PEDRO SOARES DO RIO

Após a queda de 30% do lucro no primeiro trimestre, a presidente da Petrobras, Graça Foster, voltou a expor a necessidade de um reajuste dos combustíveis, que deve ser definido neste ano.

Sem falar em datas ou percentuais, a executiva disse, porém, que será um aumento "moderado", sem repassar o movimento de curto prazo dos preços internacionais.

Graça afirmou ainda que a queda do dólar ajudou a Petrobras a reduzir a diferença entre os preços domésticos dos combustíveis e os internacionais.

"Isso nos trouxe mais perto da convergência, diminuiu a distância. Enquanto perdura a não paridade plena [entre os preços], temos que estar considerando a correção de preços."

O mais recente reajuste ocorreu em novembro do ano passado, com alta de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel. O aumento, porém, não foi suficiente para mudar o quadro da estatal.

O prejuízo da área de abastecimento, responsável pelas importações, subiu de R$ 4,2 bilhões no primeiro trimestre de 2013 para R$ 4,8 bilhões de janeiro a março deste ano.

A estatal, que compra derivados de petróleo (gasolina e diesel, por exemplo) no mercado externo, não repassa integralmente o preço para o consumidor para não prejudicar mais a inflação.

Segundo a executiva, está mantida a meta da estatal de voltar a ter um fluxo de caixa positivo em 2015. Para tanto, diz, é necessário aumentar a produção de petróleo, ajustar os preços aos do mercado externo e continuar com o programa de venda de ativos.

A presidente da estatal reafirmou o compromisso com a meta de ampliar em 7,5% a produção neste ano, apesar do atraso no início da operação de algumas plataformas.

PROGRAMAS

Segundo Graça, programas de melhorias operacionais, de redução de custo e de otimização geraram um resultado positivo de R$ 3,1 bilhões para a companhia, o que evitou uma queda maior do lucro da estatal --de R$ 5,4 bilhões no primeiro trimestre.

"Se não fossem esses programas, o lucro da companhia seria menor."

A menor produção de petróleo, a provisão de R$ 2,4 bilhões para o programa de demissão voluntária e o crescente prejuízo na área de abastecimento foram os grandes vilões do balanço da estatal de janeiro a março.

Graça destacou ainda que a produção avançou na bacia de Campos, uma área já madura por causa da melhora da eficiência, que atingiu a marca de 81%, a maior taxa em quase quatro anos.

Ela ressaltou ainda o desempenho da refinaria de Pasadena (EUA) --sobre a qual pesam suspeitas em relação ao custo e aos termos da aquisição. O relatório de investigação interna da estatal sobre o negócio será apresentado dia 6 de junho.

O resultado positivo da unidade, diz, ajudou a reduzir o custo global de todas as unidades de refino em 18%.


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