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Avaliação sobre o país é a pior desde 1999

Sondagem da FGV mostra queda na percepção do clima econômico brasileiro devido a inflação e política do governo

Para especialistas, país terá terceiro pior PIB da América Latina em 2014, à frente só de Venezuela e Argentina

DE SÃO PAULO

Dúvidas sobre a política econômica do governo, inflação e dívida pública voltaram ao centro das preocupações de economistas em relação ao Brasil. E, somadas a queixas recorrentes dos últimos anos, como carência de mão de obra e baixa competitividade, pioraram a percepção do clima econômico no país.

É o que mostra uma sondagem da FGV (Fundação Getulio Vargas) que mede essa percepção. No levantamento de abril, a pontuação do Brasil atingiu o nível mais baixo desde 1999 e só ficou à frente da Venezuela entre países da América Latina.

A nota brasileira caiu para 71 pontos, ante os 89 pontos em janeiro, mantendo-se bem abaixo da média dos últimos dez anos (121 pontos).

A pesquisa é trimestral e feita com base em avaliações de economistas sobre indicadores como investimento, consumo e taxas de juros, entre outros. Em abril, foram ouvidos 159 profissionais, em 18 países da América Latina.

A pontuação é dividida entre impressões sobre a situação atual e sobre a expectativa para o futuro. No caso do Brasil, a pior avaliação é sobre o panorama atual (68 pontos), enquanto há mais otimismo em relação aos próximos seis meses (74 pontos).

Notas abaixo de 100 pontos são consideradas como desfavoráveis.

"O que mudou no Brasil é a deterioração muito grande dos aspectos macroeconômicos, de inflação e da confiança no governo. Eram problemas que não apareciam antes", afirma Lia Valls, responsável pela pesquisa da FGV.

Segundo ela, a piora combinada nos indicadores atuais e de expectativa é um sinal de que os economistas enxergam um agravamento dessas condições e não esperam uma recuperação breve.

A piora na percepção do clima econômico se deu também em outras economias da América Latina.

Dos 11 principais países avaliados na pesquisa, 7 tiveram redução no índice em abril. A Venezuela, com 20 pontos, aparece na última posição. A Bolívia mostra o melhor resultado (140 pontos).

Não significa que a economia da Bolívia está melhor que a do Brasil, mas que houve avanço em relação a ela própria. A nota da região como um todo caiu de 95 pontos para 90 pontos.

O baixo desempenho na avaliação sobre o cenário econômico se traduz em previsão menor de avanço do PIB.

A expectativa é que Venezuela (-1,3%), Argentina (0,1%) e Brasil (1,7%) fiquem na lanterna da região em 2014. Bolívia (6%), Peru (5,1%), Paraguai (4,9%) e Colômbia (4,4%) devem ter os melhores desempenhos.


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