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Cade autoriza união de Anhanguera e Kroton, com ressalva

Fusão criou a maior companhia de ensino superior do mundo, com 1 milhão de alunos

DE BRASÍLIA

As gigantes do ensino superior Anhanguera e Kroton poderão unir suas operações, mas terão que vender ativos, congelar vendas em alguns mercados e cumprir metas de qualidade até 2017, decidiu nesta quarta-feira (14) o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

A fusão entre as duas empresas, anunciada em abril do ano passado, criou a maior companhia de ensino superior do mundo com mais de um milhão de alunos.

Para aprovar a operação foram estabelecidas quatro condições, entre elas a venda do grupo Uniasselve, adquirido pela Kroton em 2012 por R$ 510 milhões, e de unidades de ensino presencial em Mato Grosso.

No caso da Uniasselve, serão colocadas à venda o centro de ensino a distância, com 64 mil alunos, e duas unidades de ensino presencial, que possuem 5.000 estudantes.

Em Cuiabá, terá de ser vendida a unidade da Anhanguera, que tem cerca de 1.500 alunos, segundo a empresa. Já em Rondonópolis, será passada à frente uma das duas unidades da Kroton no municipio, com 1.000 alunos.

As empresas também terão de suspender a oferta de novas matrículas em ensino a distância nos municípios onde o Cade detectou que há pouca concorrência em alguns cursos, permitindo, assim, o crescimento de rivais. A limitação ocorrerá durante três anos.

Além disso, terão de se comprometer a não aumentar a sobreposição das operações no país.

Por último, a nova empresa criada precisará cumprir metas de qualidade até 2017. Entre elas, alcançar o percentual de 80% de professores com mestrado e doutorado. Atualmente, cerca de 60% do quadro possui os títulos.

IMPACTO

As medidas foram negociadas com as companhias e são fruto de um ACC (Acordo de Controle em Concentrações). Segundo Rodrigo Galindo, presidente da Kroton, o impacto das medidas deve ser de 5% a 6% da receita líquida das duas companhias.

Ficou mantida, contudo, a estimativa de R$ 300 milhões em ganhos com sinergias, afirmou. "A companhia vai continuar crescendo apesar dessa queda de receita pontual", afirmou em entrevista após o anúncio da decisão do Cade. (RA)


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