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Ferramentas usam câmeras para gerar dados sobre cliente de loja

Sistemas indicam perfil do consumidor e 'áreas quentes' do local

DE SÃO PAULO

Novas empresas querem usar câmeras e sensores para dar aos varejistas dados exatos de quantas pessoas entraram na loja, por onde andaram e informações básicas sobre quem são elas.

A ideia é aproximar a quantidade de informações que se tem sobre o cliente de estabelecimentos físicos. Eles têm mais dificuldades para obter esses dados do que os e-commerces, nos quais há ferramentas para saber quantos cliques o site recebeu, quem viu cada produto e em que momento alguém abandona a página.

A empresa Seed, por exemplo, transforma imagens coletadas pelas câmeras em números e faz cruzamentos com as vendas do caixa da loja, conta Francisco Forbes, 25, fundador da empresa.

Assim, é possível saber se uma área do local que é muito visitada tem produtos bem vendidos ou não. Em caso negativo, pode haver sinais de que os preços estão altos.

Forbes conta que sua companhia adaptou uma tecnologia desenvolvida por uma empresa finlandesa para análise biométrica. Com isso, consegue identificar o sexo e a idade aproximada dos clientes filmados --as imagens não ficam armazenadas por mais de 30 minutos.

Para iniciar o negócio, a empresa recebeu investimentos de R$ 10 milhões dos fundos de capital de risco RIGI Ventures e Unique Partner.

De modo semelhante, o italiano Gabrielle Bellini, 43, sócio da Tectra, trouxe uma tecnologia desenvolvida por start-up (empresa iniciante de base tecnológica) dos Estados Unidos para incluir entre seus produtos um software que analisa as imagens das câmeras de segurança.

A ferramenta cria mapas de calor com as áreas mais visitadas por clientes, o perfil dos visitantes e relatórios sobre filas.

Ele conta que o custo para a instalação do serviço, em geral, é menor do que R$ 1.000 ao mês (varia conforme o número de câmeras e as funcionalidades usadas).

Com nove meses no mercado e instalações feitas em lojas de redes como RiHappy e Magazine Luiza, a empresa deve buscar primeiro grandes clientes para crescer no mercado. Mas o serviço pode ser oferecido em lojas de qualquer porte, diz Bellini.

Segundo Ana Vecchi, diretora da consultoria Vecchi Ancona, essa tendência está ligada ao crescimento do "big data" (análise de grande quantidade de informações).

Segundo ela, esses dados não podem substituir completamente a realização de entrevistas pessoais com clientes.


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