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Análise

Reencaminhar é a solução para 'bobagens' recebidas no Natal

DANUZA LEÃO
COLUNISTA DA FOLHA

A noite de Natal já passou, o almoço do dia 25 também e acabou, ufa! Vamos, então, dar atenção às lembrancinhas.

O que é que eu faço com três abridores de garrafa? Nada, é claro.

E com aquela echarpe de seda com a torre Eiffel estampada, que eu não usaria nem que me pagassem? Nada também.

E aquele estojinho de maquiagem com ursinhos vestidos com a camisa do Corinthians, será que alguém pensa que vou usar? Nem morta.

E tem gente que compra um estojo de acrílico para botar lenços de papel no banheiro. Com essas pessoas, só rompendo.

Não dá para encarar um shopping e pedir à vendedora para trocar. Todas estão exaustas, troca não dá comissão e o mau humor deve ser de tal ordem que elas são capazes até de pedir a nota fiscal. Socorro!

Isso, claro, se alguém soubesse onde as lembrancinhas foram compradas, já que os que gostam de Natal adoram comprar o papel e os laços de fita para fazer seus próprios embrulhos.

O problema é: o que fazer com tantas bobagens? Poderiam inventar uma moda nova: dar presentes no Natal e também no Ano-Novo.

O comércio ficaria grato, e o problema estaria resolvido; seria só reencaminhar.

Enquanto isso não acontece, minha sugestão é simples e prática, e só depende de ter um armário.

Se você for muito organizada, pode embrulhar cada um dos presentes e botar uma etiqueta, para saber do que se trata.

No próximo ano, não vai precisar entrar em nenhuma loja, pois seu Natal já estará pronto, não é maravilhoso?

E não tenha o menor receio de devolver o presente para a pessoa que o mandou a você, como acontece frequentemente.

Se ela mandou no ano anterior, já esqueceu, e há fortíssimas chances de ela estar repassando coisas que ganhou em um Natal passado, igualzinho a você; então, as duas estarão quites.

Se alguém se lembrasse de me dar uma boa garrafa de azeite, ou duas de vinho, ou um vale para um supermercado, ou uma passagem para Paris, ou um apartamento, isso sim, seriam presentes úteis. Mas, esses, nunca ninguém se lembra de oferecer.

Chego à conclusão de que os presentes de Natal têm uma característica: são todos inúteis.

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