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Fundo livre permite contornar estatais

Investidores preocupados com volatilidade de ações de grandes empresas no ano eleitoral podem diversificar

Política do governo para combustíveis afeta retorno da Petrobras; para a Vale, analistas preveem recuperação

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

O mau desempenho de Vale e Petrobras no último trimestre e os desafios difíceis que cada uma tem pela frente já tornam as duas companhias menos "unanimidade" entre investidores, na percepção de analistas.

Além disso, o quadro atual cria muita volatilidade envolvendo os papéis de ambas.

"Caso queira rendimento sem grandes oscilações, procurar ações de outras empresas pode ser melhor negócio", diz Eduardo Velho, economista-chefe da gestora Invx Global.

Os pequenos investidores que são acostumados a aplicar por meio de fundos podem diversificar suas carteiras em Bolsa e até deixar de ter exposição aos papéis de Petrobras e Vale por meio do fundo de ações livre.

Caracterizado por não estar referenciado ao desempenho dos principais índices da Bolsa, este produto financeiro dá ao gestor liberdade para adotar mudanças periódicas na carteira. Assim, é possível identificar e aproveitar oportunidades e ampliar o retorno dos cotistas.

Para aplicar, o investidor precisa procurar uma corretora ou banco e ficar atento às regras do fundo antes de adquirir cotas. Também é preciso ficar de olho nas taxas.

PERSPECTIVA

Em relação às duas grandes empresas, a Vale tem avaliação mais otimista: analistas recomendam comprar suas ações se o investidor puder tolerar volatilidade.

Os preços dos papéis estão diretamente ligados a indicadores que variam bastante, como a cotação do minério. Em 2014, a ação preferencial da Vale cai 20,16%. No ano passado, cedeu 19,92%.

"Em algum momento deve voltar a subir, mas é preciso paciência", completa Velho.

A Petrobras, por sua vez, tem um agravante: ser estatal. No ano passado, a ação preferencial --sem direito a voto-- da companhia caiu 12,5%, prejudicada principalmente pela defasagem nos preços dos combustíveis. Ela vem tendo de comprar derivados de petróleo no exterior por um preço menor do que o de venda no Brasil para não prejudicar a política do governo de controle da inflação.

Julio Hegedus, economista da consultoria Lopes Filho, e Felipe Miranda, da consultoria Empiricus Research, apontam que essa política vai na contramão do interesse dos investidores.

Mesmo no longo prazo, dizem os especialistas, o cenário para a petroleira é conturbado. Ela não tem conseguido cumprir metas de produção e as perspectivas operacionais estão sendo cortadas por corretoras e bancos.


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