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Pequena é cobrada por sustentabilidade

Grande fornecedor e varejista levam empresa menor a dar mais atenção a temas como consumo eficiente de energia

Cobrança deixa de ser feita apenas de grandes grupos; especialistas dizem que quem não se adaptar ficará para trás

ANDRÉ PALHANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Responsabilidade social, pegada de carbono, consumo eficiente de água e de energia. Esses e outros temas ligados à sustentabilidade se tornaram verdadeiros mantras no mundo corporativo, porém quase sempre associados ao universo das grandes empresas e poderosos grupos multinacionais.

Para especialistas ouvidos pela Folha, a percepção de que sustentabilidade só vale para grandes empresas está ficando obsoleta. E pequenos e médios empresários que não se prepararem para essa mudança no ambiente de negócios, alertam, podem ficar para trás.

Mais do que pessoas físicas, ainda sonolentas para o tema no Brasil, a fonte de pressão sobre o segmento das pequenas e médias vem de grandes fornecedores e varejistas, em busca de certificações e reconhecimentos de suas práticas de sustentabilidade, que inclui toda a cadeia de valor.

O caso da Zara é exemplar. Presente em quase 80 países, a marca de roupas espanhola se envolveu num escândalo de trabalho irregular por causa de um fornecedor, praticamente sem expressão, localizado em São Paulo. O caso foi resolvido, mas a reputação global da marca foi irremediavelmente arranhada.

"Hoje, as grandes empresas não veem mais essas práticas como um item de competição, mas sim de sobrevivência do próprio negócio. E isso está chegando às pequenas e médias, especialmente com a proximidade de um marco regulatório nesse sentido para as cadeias produtivas", ilustra a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi.

A porta de entrada de tais práticas nas pequenas e médias costuma ser diretamente associada à redução de custos, como a redução do consumo e o reúso de água em instalações e processos industriais, ou a troca de lâmpadas por opções mais eficientes em termos de consumo energético.

Há ainda um esforço de entidades setoriais para que os empresários percebam que a promoção de ações internas e externas associadas à saúde e à melhoria da qualidade de vida também se revertem em maior produtividade.

"Todos ganham", resume a empresária Martha Christina Bosso, da fundição Alboss, que adota um programa inovador para ajudar funcionários em dificuldades a sair do vermelho e ter o nome limpo nos órgãos de proteção ao crédito.

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