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Commodities

Eletrobras anuncia a intenção de investir 48% mais no ano que vem

Total estimado é de R$ 13,3 bilhões; em 2011, estatal aplicou somente 75% do programado

Presidente da empresa confia em captação no mercado financeiro, mesmo com restrições ao crédito no exterior

DENISE LUNA
PEDRO SOARES
DO RIO

Apesar de cumprir somente 75% do previsto em 2011, a estatal Eletrobras pretende ampliar seus investimentos de R$ 9 bilhões neste ano para R$ 13,3 bilhões em 2012. Se esse número se confirmar, haverá um aumento de 48%.

O maior foco será na área de geração de energia, que receberá R$ 6,8 bilhões. A estatal espera colocar em funcionamento total ou parcial 15 novas usinas.

O maior projeto é a primeira fase da usina de Santo Antônio (RO), no rio Madeira, com 1.075 MW. Ao todo, a companhia prevê ampliar a potência em 2.800 MW.

Serão alocados ainda R$ 3,8 bilhões para transmissão, R$ 1,9 bilhão para distribuição (área que dá prejuízo) e R$ 750 milhões para pesquisa e infraestrutura.

Segundo José da Costa, presidente da Eletrobras, a companhia tem o aval do governo para levar adiante seu plano de investimentos.

O executivo disse que a execução do orçamento deste ano ficou comprometida principalmente por atrasos em obras e na concessão de licenças ambientais.

Para Costa, não haverá dificuldade para levantar recursos no mercado, apesar da crise e da restrição de algumas linhas de crédito.

Costa disse que a estatal captou neste ano com "facilidade" US$ 1,75 bilhão (R$ 3,2 bilhões) em bônus no exterior e que houve "demanda de sobra" para os papéis.

Está programada a captação de R$ 3,9 bilhões em títulos nos mercados interno e externo em 2012. A estatal espera ainda R$ 900 milhões do Banco Mundial e de outras instituições multilaterais.

Do BNDES, a Eletrobras estima financiamento de R$ 4,1 bilhões. A companhia conta ainda com R$ 4 bilhões de caixa próprio.

Segundo Costa, todos os planos de investimento da estatal miram 2015, quando vence a maior parte das concessões de hidrelétricas.

Costa disse que o governo não tomou ainda uma decisão sobre a renovação automática das licenças, mas confia nesse desfecho por ser "mais prático" e por proporcionar redução tarifária.

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