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Crise faz Alpargatas 'pisar no acelerador'

Presidente da empresa quer ganhar mercado com crise europeia, lançar tênis Havaianas e linha de corrida da Topper

Gastos com marketing em 2012 vão aumentar por conta do aniversário de 50 anos da marca Havaianas

DE SÃO PAULO

O presidente da Alpargatas, Márcio Utsch, fala sobre crise e sobre as estratégias para que o faturamento passe de R$ 2,2 bilhões (2010) para R$ 5,5 bilhões até 2015.

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Crise
Não existe possibilidade de uma crise do tamanho da europeia não nos afetar de alguma forma. Vejo a crise como oportunidade para pisar um pouco mais no acelerador e ganhar mercado.

Coerência
O discurso tem de ser coerente. Em 2009, lançamos produtos exclusivos para a crise. Nosso tênis Mizuno mais barato custava R$ 149 e fizemos um de R$ 109 e outro de R$ 99. Outra medida que podemos fazer é financiar um pouco mais o cliente [lojista] para ele poder alongar o prazo de venda ao consumidor. Vamos monitorar. Caso seja necessário, vamos atuar.

Marketing na crise
A gente nunca deixa de investir em marketing, tanto para desenvolver novos produtos como para comunicar o que estamos fazendo. Isso é fundamental para que as pessoas tenham sempre uma imagem positiva das marcas. No fundo marca é isso. Quando você olha para as Havaianas você não pensa que ela é cara ou chata. Mas que é legal, colorida, macia, combina com biquíni. Se você deixa de investir em marketing, a coisa se esvai com o tempo. Em 2012 as Havaianas fazem 50 anos e vamos aumentar o investimento em relação a 2011 (13% a 15% da receita).

Planos para 2015
Estamos crescendo com a entrada em novos mercados (Índia, Paquistão, Indonésia) e chegando a mais localidades dentro do Brasil. Também estamos entrando em novas categorias. As Havaianas com a linha de tênis. A Topper, que era só futebol, com uma linha de corrida. E a Rainha está sendo revitalizada, com a linha clássica dos modelos Iate, Mont Car e F7.

Havaianas e Topper
Uma coisa é sair para o mundo com Havaianas, que não tem concorrente internacional focado. Outra é sair com Topper, que tem concorrente para todo lado. A velocidade é outra, as ambições, diferentes. Mas há velocidade e ambição para expandir além da América do Sul. Só temos que ter juízo. Você só tem a primeira chance de causar uma boa impressão.

Varejo e indústria
O varejo cresce, pois estamos abrindo mais lojas. São 185 franquias das Havaianas e o plano é ter 500 até 2014. Mas não queremos competir com nossos clientes. As lojas têm a função de expor o conceito da marca e a imensa variedade de modelos. Mas as lojas respondem por apenas 8% das receitas globais, incluindo o varejo de Timberland e lojas próprias de Havaianas no exterior.

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