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Operação da Petrobras com União é negativa, dizem agências de risco
DO RIOA transferência de novas áreas do pré-sal da União para a Petrobras, com o desembolso de R$ 15 bilhões, foi avaliada como negativa para o crédito da companhia pelas agências de classificação de risco Moody's e Fitch.
A avaliação do investimento na Petrobras pelas duas empresas, porém, segue como de baixo risco de calote.
Dos R$ 15 bilhões que devem ser pagos à União, R$ 2 bilhões serão desembolsados ainda em 2014, enquanto o restante será pago até 2018.
Para a Moody's, a demanda por esses novos recursos é negativa porque vai desviar recursos de que a empresa necessita para o seu maciço programa de investimento.
A Fitch também diz que os pagamentos pressionarão mais o fluxo de caixa da empresa, "afetado pelo agressivo programa de investimento". Ela reafirmou a nota de crédito BBB à Petrobras "com perspectiva estável".
A Moody's, que reduziu a nota da empresa em outubro por causa de sua dívida, manteve a avaliação em "Baa3" e a perspectiva negativa.
Nesta sexta (27), a ministra Miriam Belchior (Planejamento) disse que desde fevereiro o conselho de administração da Petrobras, do qual faz parte, já havia consentido que a petroleira buscasse "novas fontes para exploração de petróleo". Membros do conselho, contudo, dizem que souberam do negócio por comunicado ao mercado.