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PanAmericano compra banco imobiliário Sob gestão do BTG Pactual, antigo banco de Silvio Santos paga R$ 940 mi por financeira e resolve limite de capital Caixa Econômica Federal, que tem 36,6% do banco, precisará entrar com R$ 650 mi por 'novo fôlego' TONI SCIARRETTADE SÃO PAULO Sob a gestão do BTG Pactual de André Esteves, o PanAmericano decidiu comprar a Brazilian Finance & Real Estate, maior financeira independente do crédito imobiliário, por R$ 940 milhões. O negócio marca a entrada do PanAmericano -e também do próprio Pactual- no setor imobiliário, segmento estratégico e de maior potencial de expansão nos bancos. Para bancar a aquisição e ganhar fôlego para novos empréstimos, o antigo banco de Silvio Santos, que teve fraude contábil de R$ 4,3 bilhões, terá uma injeção de R$ 1,8 bilhão dos atuais sócios. Os recursos elevarão o capital próprio do banco, que estava baixíssimo e que corria risco de ficar paralisado sem dinheiro novo dos acionistas. O PanAmericano tem como sócios o Pactual e a Caixa Econômica Federal, que têm 37,6% e 36,6% do banco. Só a Caixa terá de trazer mais R$ 650 milhões ao banco, apesar da resistência de parte do governo em aportar dinheiro no PanAmericano. "Esse volume de recursos vai dar suporte para aumentar nossas linhas de negócios. O banco também propõe aumentar a distribuição de dividendos em 2012 para retribuir a confiança do acionista", disse José Acar, novo presidente do PanAmericano. A Brazilian é a maior especialista do país em crédito imobiliário independente dos grandes bancos. Além de financiar imóveis, ela faz a securitização das prestações pagas, operação que consiste no "empacotamento" da dívida para transformá-la em investimento no mercado. "Toda a equipe da Brazilian vai continuar com a aquisição do PanAmericano", disse Fabio Nogueira, fundador da Brazilian. Maior banco de investimento brasileiro, o Pactual ficará com a Brazilian Capital, braço de gestão de investimentos imobiliários da Brazilian. Com isso, o Pactual também entra na gestão de fundos imobiliários e se torna líder no ramo, que conta com benefício fiscal (pessoa física não paga Imposto de Renda quando investe em papel imobiliário). Além de abrir um novo negócio para o PanAmericano, hoje focado no financiamento ao consumo, essa aquisição resolve uma saia justa entre a Caixa e a parte do governo contrária à compra do antigo banco do Silvio Santos. A Caixa comprou 36,6% do banco por R$ 740 milhões antes de o rombo vir a público e precisar ser socorrido pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos) com R$ 2,5 bilhões. Se não fosse a aquisição, o banco precisaria, pelo menos, de R$ 600 milhões, sendo R$ 220 milhões da Caixa. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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