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México já supera Brasil no ranking

DE SÃO PAULO

Uma das consequências do freio nas montadoras brasileiras é que o México já produziu mais veículos leves (carros e comerciais) que o país no primeiro semestre --e deve superar o Brasil no ranking global de produção deste ano.

Enquanto a produção brasileira recuou 16,8% em relação aos seis primeiros meses de 2013, para 1,5 milhão de unidades, a mexicana cresceu 7% no período, para 1,6 milhão.

Para a consultoria americana IHS, o Brasil vai perder neste ano o posto de sétimo maior produtor mundial de veículos, caindo uma posição e sendo ultrapassado pelo México.

A perda de posição é explicada em grande parte pela diferença de estratégias: o modelo brasileiro aposta no crescimento interno, que sofre com o momento fraco da economia --analistas estimam avanço de 1% do PIB neste ano.

Já a indústria mexicana está voltada para o mercado externo, aproveitando que o país tem diversos acordos de livre-comércio, como o Nafta (com Estados Unidos e Canadá).

A consequência é que 80% da produção de veículos leves do país tem como destino o exterior, especialmente os EUA, que respondem por 71% das compras. No primeiro semestre de 2013, 78% da produção foi exportada.

No Brasil, por sua vez, a fatia do mercado externo é muito menor (11% no primeiro semestre deste ano) e vem caindo: era de 14% no mesmo período de 2013.

Essa queda é explicada porque o setor depende muito da Argentina, país, que, apesar da crise da dívida e de estar em recessão, recebeu 85% das exportações brasileiras de veículos leves de janeiro a junho (leia sobre a Argentina na página B4).

Para Augusto Amorim, da consultoria IHS, o setor automotivo sofre os efeitos da política dos dois países, em o que o Brasil "está se fechando cada vez mais" para o comércio externo.

"No longo prazo, se o mercado interno não aquecer, não há como aumentar a produção, porque o Brasil não tem nenhuma política de exportação."


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