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Bancos públicos recuperam alta de juros

Embora ainda menores que as de bancos privados, taxas sobem em ritmo maior e diferença entre elas se reduz

Caixa afirma que fez "alinhamento" após elevação da Selic; BB diz seguir fundamentos e avaliar concorrência

EDUARDO CUCOLO DE BRASÍLIA

A diferença entre os juros nos grandes bancos públicos e privados caiu desde o final de 2012 nas principais linhas de crédito ao consumidor.

O fim daquele ano foi o auge da política de estímulo ao crédito por meio de instituições financeiras estatais.

Na época, a diferença entre as menores taxas nos seis maiores bancos estatais e privados estava entre 20% e 50% no cheque especial, crédito imobiliário e consignado, segundo dados do Banco Central. Em junho de 2014, o desconto estava entre 6% e 33%.

Os juros bancários estão subindo desde janeiro de 2013, quando o BC sinalizou que começaria a mexer na taxa básica, que estava em 7,25% ao ano e chegou recentemente a 11% ao ano.

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, diz que a política de juros baixos dos bancos públicos "tem custo e acaba não sendo sustentável por muito tempo", ainda mais em cenário de Selic elevada, desaceleração do crédito e alto endividamento.

O comportamento dos bancos variou desde 2013 de acordo com a modalidade.

No cheque especial, por exemplo, a alta foi generalizada. Os públicos, que haviam feito cortes significativos em 2012, tiveram de reduzir os descontos. Ainda assim, mantiveram a política de oferecer as menores taxas, mas a diferença diminuiu.

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, cortou a taxa do cheque especial de quase 8% para menos de 4% ao mês em 2012, menos da metade da taxa mais barata em bancos privados na época.

Hoje, o juro está em 6% ao mês, ainda abaixo do verificado no Bradesco e no Itaú Unibanco, que mantiveram as taxas entre 8% e 9% ao mês durante esse período --as mais baixas entre os grandes bancos privados.

No crédito consignado, aquele com desconto na folha de pagamento, a diferença caiu também porque algumas instituições privadas cortaram juros nos últimos 18 meses. O movimento é explicado pela decisão de avançar em linhas com calote menor.

Caixa e Banco do Brasil ainda têm as menores taxas para beneficiários do INSS entre as maiores instituições, embora com diferença menor para Santander e HSBC.

Para trabalhadores do setor público e privado, a segunda menor taxa é a do banco espanhol, que mudou sua atuação nesse segmento.

"Tanto o crédito consignado quanto o imobiliário têm papéis importantes em nossa estratégia, por sua característica e capacidade de vinculação", diz o Santander.

No crédito imobiliário, a Caixa informou que o aumento da taxa média praticada se deve a uma participação maior de contratos que não contam com juro subsidiado com recursos do FGTS.

A Caixa afirma ainda que promoveu "alinhamento" de juros devido à elevação da taxa básica, para manter o equilíbrio das operações.

O BB diz que avalia os fundamentos e a concorrência para estabelecer sua política de preços e mantém o compromisso de oferecer taxas de juros e tarifas que estejam entre as menores do mercado.


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