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Anatel só deve olhar fusão Oi-PT se fatia de controle mudar

Nova análise da agência depende de alteração na participação acionária na união das duas empresas

Após queda de 14,5% na quinta, pelas incertezas sobre sócio português, ação da tele brasileira sobe 13,4%

DE BRASÍLIA DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma nova análise da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) sobre a fusão entre a Oi e a Portugal Telecom só deve ocorrer caso a disputa entre os sócios resulte em mudança na participação acionária da CorpCo --empresa criada com a união das duas teles.

Enquanto isso, o governo não comenta o assunto oficialmente.

Nos bastidores diz apenas que vem acompanhando os desdobramentos à distância e que terá de aguardar um posicionamento final das empresas para se manifestar.

A nova avaliação pode ocorrer já que há chances dos sócios da Portugal Telecom (PT) receberem cerca de 8% menos ações da "nova Oi" do que o combinado no processo de fusão.

EMPRÉSTIMO

A mudança se deve ao "empréstimo" de € 897 milhões (R$ 2,7 bilhões) feito pela operadora portuguesa à empresa que controla o Banco Espírito Santo (BES), um dos sócios da PT --e, futuramente, da "nova Oi".

Oficialmente, a PT informou que usou o dinheiro para comprar, em abril (antes do anúncio da fusão), notas promissórias da Rioforte, dona do BES, que está em dificuldade financeira.

Parte dessas notas vence em julho, e a Rioforte quer renegociar.

O BNDES diz que solicitou informações detalhadas sobre essa "aplicação", ou seja, o empréstimo.

O banco disse ainda que "não considera nenhuma alternativa que não seja a preservação dos interesses dos acionistas da Oi" --inclusive o próprio banco, alinhando-se ao discurso dos acionistas brasileiros.

Pondera, porém, que, "ao mesmo tempo", "renova sua confiança na atual gestão da companhia."

GARANTIA PORTUGUESA

O empréstimo à controladora do Banco Espírito Santo é um dos motivos que têm aumentado a desconfiança sobre a saúde da instituição financeira portuguesa --e também sobre todo o sistema bancário do país.

Para agravar o cenário de incertezas, o conglomerado português Espírito Santo International (um dos donos da Portugal Telecom e do banco) deixou de pagar na quinta-feira os juros de parte da sua dívida.

Com isso, as ações do BES recuaram 17% na quinta e levaram o governo português a agir nesta sexta-feira para tentar acalmar investidores.

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, afirmou que as pessoas com depósito no BES "têm razões para ter toda a confiança quanto à segurança" que o banco "oferece relativamente às suas poupanças".

Ele não foi o único que saiu a público. O banco central do país também disse que "os depositantes podem estar tranquilos".

As ações do BES voltaram a ser negociadas na sexta (no dia anterior, com a queda de 17%, a negociação foi suspensa antes do fechamento da Bolsa de Lisboa) e continuaram sua trajetória de queda: desvalorização de 5,5%.

Os papéis da Oi, que na quinta-feira também sofreram o "efeito português" com queda de 14,5%, recuperaram no pregão de sexta boa parte das perdas: alta de 13,4%.


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