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Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Carnes deverão subir de preço na próxima década

Após um período de alta nos preços dos grãos na última década, agora é a vez das carnes. Safras boas e recomposição de estoques provocarão queda no preço dos cereais por mais uns dois anos.

Já o setor de carnes passa a viver a escassez ocorrida no setor de grãos nos últimos anos. Seca, queda de rebanho e problemas sanitários vão respingar sobre o setor, que terá crescimento menor, principalmente no de carne bovina. Os preços sobem.

Essa é a análise da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e da FAO (órgão da ONU para a agricultura) no relatório de perspectivas para a próxima década.

A procura pelos produtos agrícolas continuará aquecida, mas em ritmo menor do que na década anterior.

Uma das novidades trazidas pelo relatório é que o consumo de frango ultrapassará pela primeira vez o de carne suína. Na média de 2011 a 2013, o consumo de carne suína superou em 6% o de frango. Em 2023, este vai superar em 4% o de carne suína, atingindo 134 milhões de toneladas, aponta o relatório.

A produção mundial de carnes deverá atingir 351 milhões de toneladas daqui a dez anos, 27% mais do que a atual. O maior crescimento será nos países em desenvolvimento, principalmente no Brasil, onde a evolução será de 46% no período.

O cenário geográfico de produção e consumo não mudará muito. Os países da América serão os grandes produtores e exportadores de agropecuários, enquanto os da Ásia, os importadores.

Uma boa notícia para o Brasil, também, é que o preço do açúcar, após forte queda, vai se recuperar. Crescerá também a produção de etanol e de biodiesel, mas os preços deverão acompanhar a evolução dos do petróleo.

Na avaliação da OCDE, o Brasil vai produzir 49,8 bilhões de litros de etanol em 2023. Nos EUA, serão 70,7 bilhões de litros naquele ano.

O consumo mundial de trigo atingirá 774 milhões de toneladas em dez anos, 12% mais do que o atual. Já o de arroz vai a 554 milhões, com crescimento de 16%.

A produção de oleaginosas crescerá 26%, somando 507 milhões de toneladas, aponta o relatório da OCDE. A área aumentará 11% no período, com elevação de 14% na produtividade.

Receitas O Valor Básico de Produção da agropecuária brasileira deverá atingir R$ 448 bilhões neste ano, 3% mais do que em igual período anterior, de acordo com José Garcia Gasques, do Ministério da Agricultura.

Lavouras O valor da produção agrícola terá evolução de 4%, acima do 1% da pecuária. Neste último, o destaque fica para a bovinocultura, cujo valor de produção crescerá 18%, enquanto o de frango recuará 16% no ano.

Evolução menor Soja e milho, os líderes de produção, perdem o ritmo neste ano. Enquanto o valor da produção de milho cai 1%, o da soja terá alta de 7%, segundo os cálculos do técnico do ministério.

Recuperações Alguns produtos melhoram as receitas. O algodão, que terá alta de 67%, é um deles. Cacau (mais 25%) e café (mais 13%) também estão nessa lista.

Alívio A recuperação do algodão leva mais renda para Mato Grosso e Bahia, líderes na produção.

Etanol Os preços do combustível ficaram estáveis nos postos de São Paulo nesta semana. Voltaram a subir, no entanto, na porta das usinas paulistas.

Hidratado O valor médio do produto subiu para R$ 1,2424, no sexto aumento semanal seguido, conforme preço do Cepea. O anidro foi a R$ 1,3637, registrando a quinta alta semanal consecutiva.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Nova York

Açúcar
(cent. de US$)*17,07

Suco de laranja
(cent. de US$)*144,25

*por libra-peso

Londres

Petróleo
(US$ por barril)106,66

Chumbo
(US$ por tonelada)2.176


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