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FMI reduz a 1,3% previsão para PIB do Brasil; emergentes crescerão 4,6%

Revisão se deve a "prolongada falta de confiança entre o empresariado e os consumidores"

Fundo também corta previsão para EUA e China, mas eleva as do Reino Unido, da Alemanha e do Japão

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O FMI revisou o crescimento do PIB brasileiro para baixo pela quinta vez consecutiva. Segundo as novas previsões, a economia brasileira deve crescer 1,3% em 2014.

A previsão em abril era que cresceria 1,8%. Para 2015, a revisão para baixo foi similar, de 2,6% para 2%.

O Panorama Econômico Mundial, relatório do Fundo Monetário Internacional divulgado nesta quinta-feira (24), também revisou para baixo as duas maiores economias do mundo. Os EUA crescerão, de acordo com o relatório, 1,7% neste ano (ante 2,8% previstos anteriormente), e a China, 7,4% (em abril a previsão era de 7,6%).

Em texto que acompanha o relatório, os economistas do Fundo explicam que, se o primeiro semestre deste ano foi decepcionante em boa parte do mundo, o segundo será melhor, especialmente nos EUA e na China.

FALTA DE CONFIANÇA

No Brasil, "condições financeiras mais apertadas e uma prolongada falta de confiança entre o empresariado e os consumidores têm segurado investimentos e o consumo". A expectativa do FMI está abaixo da do governo brasileiro, que projeta expansão do PIB em 2014 de 1,8%. O BC prevê alta de 1,6%.

Já em relação a analistas brasileiros, o FMI é mais otimista. O Boletim Focus desta semana, feito pelo BC com analistas de cerca de cem instituições, apontou previsão média de apenas 0,97%.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou nesta quinta que, com a atividade industrial em queda, a economia brasileira terá expansão de apenas 1%.

EMERGENTES

O mundo emergente deverá crescer 4,6% neste ano e 5,2% no ano que vem --"o custo maior do capital desde maio de 2013", quando o governo americano começou a desacelerar sua política de estímulos, que bombeava bilhões de novos dólares mensalmente na economia mundial, cobrou seu preço no desempenho dos países em desenvolvimento.

Os economistas do FMI sugerem "urgentes reformas estruturais para fechar lacunas de infraestrutura, aumentar a produtividade e levantar o potencial de crescimento".

DESENVOLVIDOS

Nos Estados Unidos, o primeiro trimestre foi afetado pelo inverno mais longo e severo que de costume e por uma queda nas exportações.

Na China, a demanda doméstica foi menor que a esperada. Mas ambos países devem se recuperar no segundo semestre.

Reino Unido, Alemanha e Japão, três das seis maiores economias do mundo, estão entre os raros casos em que o FMI revisou o crescimento para cima --3,2%, 1,9% e 1,6% de alta em seus PIBs em 2014, respectivamente.

"A prioridade ainda é promover o crescimento real e o potencial", diz o relatório.

"O passo e a composição de ajustes fiscais devem estar sintonizados com o apoio à recuperação e ao crescimento de longo prazo."

A zona do euro crescerá 1,1% em 2014 e 1,5% no ano que vem. O crescimento global será enfraquecido por mais tempo que o previsto pela falta de um "crescimento mais robusto" dos países ricos, apesar das taxas de juros próximas a zero.


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