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Lucro da Vale aumenta 29% no 1º semestre

Produção maior compensou queda no preço do minério; receita subiu apenas 3%

PEDRO SOARES DO RIO

A Vale produziu mais, mas vendeu minério de ferro, carro-chefe de seu faturamento, a um preço menor neste ano. Graças a essa maior extração e à redução de custos, a empresa conseguiu ampliar seu lucro no primeiro semestre em 29% --para R$ 9,1 bilhões.

Já no segundo trimestre, quando as cotações do minério desceram ainda mais, o resultado ficou em R$ 3,2 bilhões --46% inferior ao do primeiro trimestre de 2014 (R$ 5,9 bilhões).

Outro motivo para a redução do lucro trimestral foi o reconhecimento de uma perda parcial na aquisição do projeto de minério de ferro de Simandou, na Guiné. A Vale comprou da israelense BSG, em 2010, 51% da reserva por R$ 5,5 bilhões. O governo da Guiné, porém, viu corrupção na concessão dada à BSG e cancelou o contrato.

Diante disso, será realizada uma nova licitação. A Vale reconheceu agora uma perda R$ 1,2 bilhão, mas negocia a compensação de parte dos investimentos no país.

Esse impacto negativo foi compensado pelo volume recorde de produção de minério de ferro de março a junho (79,4 milhões de toneladas, 12% mais do que no mesmo período de 2013).

A receita da Vale somou R$ 44,5 bilhões de janeiro a junho, com alta de apenas 3% ante o primeiro semestre de 2013 --um reflexo da cotação em baixa do minério.

Após rondar a faixa de US$ 140 a tonelada em 2013, o preço do minério agora oscila em torno de US$ 100 a tonelada.

No primeiro semestre, o Ebitda (indicador da capacidade de geração de caixa de uma companhia) caiu 9%, atingindo R$ 9,1 bilhões.

Segundo José Carlos Martins, diretor-executivo de Ferrosos da Vale, no segundo semestre, a oferta crescerá menos (50 milhões de toneladas) e o consumo se aquecerá um pouco. Com isso, o executivo crê numa retomada moderada dos preços até dezembro.

Para analistas da companhia, como as corretoras Concórdia e Coinvalores, os resultados foram bons.


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