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Em busca da bola de cristal

Com ano difícil pela frente, especialistas em investimentos sugerem como aproveitar oportunidades nas aplicações financeiras em 2012

de São Paulo

O ano de 2012 não deve ser fácil para as aplicações financeiras, especialmente para a Bolsa de Valores. Na toada do "vai piorar antes de melhorar", especialistas ouvidos pela Folha evitam fazer prognósticos certeiros e preferem adotar o básico: na dúvida, nossos juros ainda são os maiores do mundo e devem ser aproveitados.

É bom lembrar, porém, que a Bolsa está barata. Assim que ocorrer alguma melhora externa, o Brasil pode ser um dos primeiros beneficiados -como em 2009, quando o Ibovespa disparou 82,66%. Mas não há garantias.

Nessas épocas, ganha quem aproveitar ao máximo os incentivos fiscais -previdência privada, fundos e papéis imobiliários (e do agronegócio) e, futuramente, infraestrutura, que também será isenta de Imposto de Renda.

Vale ainda investir em empresas de alta geração de caixa e boas pagadoras de dividendos.

"Quem não tiver perfil de longo prazo deve evitar investimentos mais agressivos, como ações e fundos mais arriscados. Os juros devem cair ainda mais em 2012, mas é importante lembrar que a renda fixa brasileira ainda é uma das que melhor paga no mundo"
ALEXANDRA ALMAWI
economista da Lerosa Investimentos

"Eu investiria em um portfólio que combine NTN-Bs, fundos multimercados e fundos de ações. Os fundos devem possuir mandato ativo e a gestão deve ser de casas que possuam bom histórico e rigoroso controle de risco"
IVAN GUETTA
sócio da GAP Asset Management

"Vai piorar antes de melhorar. Em 2011, toda vez que o mercado melhorava era boa hora para vender. Agora, quando a Bolsa cair, será boa hora para comprar. Em ações, o ideal é buscar empresas com boa geração de caixa"
PAULO CORCHAKI
diretor de Gestão de Recursos do Itaú

"O investidor deve ficar atento às oportunidades que podem surgir num cenário ainda conturbado. Fundos de dividendos e de empresas com bons fundamentos e diretamente influenciadas por medidas de incentivo podem ser boas opções"
CARLOS TAKAHASHI
presidente da BB DTVM

"Fundos de renda fixa com crédito privado na carteira são interessantes sob vários aspectos. No longo prazo, a tendência da taxa de juros é de queda e esses fundos podem se beneficiar muito"
EDUARDO CASTRO
diretor do Santander
Asset Management

"É claro que depende do perfil de investimento, mas o ideal é começar o ano com posição mais conservadora, aplicando mais em renda fixa. Quem tiver 100% investido em ações deve baixar para 80%"
JULIO ARAÚJO
vice-presidente do Bradesco

"As dicas na Bolsa são o setor de energia elétrica, pelos dividendos; o setor de consumo, com destaque para o ótimo momento da Ambev; e o setor bancário, com atenção para o aumento de liquidez do Itaú Unibanco"
LEANDRO MARTINS
analista-chefe da Walpires Corretora

"Acredito em um cenário de inflação acima do centro da meta e de continuidade no processo de redução da taxa básica de juros em 2012. Com isso em mente, a NTN-B e demais títulos indexados à inflação são boas alternativas"
RAFAEL PASCHOARELLI
professor da FEA-USP

"Em razão da forte queda ocorrida na maioria das Bolsas, inclusive no Brasil, há boa chance de que o ano seja bom para as ações. No Brasil, aplicações em juros devem render taxa real na faixa de 3% a 5% ao ano, baixos para o padrão histórico do país"
FABIO COLOMBO
administrador de investimentos

"A renda fixa é o porto seguro, mas há boa chance de queda nos ganhos. Para quem gosta de riscos, a Bolsa está barata e pode subir quando a crise passar"
WILLIAM EID JR.
professor da FGV

(GV E TS)

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folha.com/no1028409

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