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Eike entrega mais uma fatia de antigo império

Empresário vai transferir a fundo árabe ações em empresas de mineração e logística

RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

O empresário Eike Batista entregou mais uma participação no que restou do seu império para o fundo árabe Mubadala em uma tentativa de equacionar suas dívidas.

Conforme comunicados divulgados nos últimos dois dias, Eike se comprometeu a transferir 10,4% da Prumo Logística (antiga LLX) e 10,5% da MMX (mineração) para o Mubadala. Pelo preço das ações no pregão desta terça-feira (5), as participações nas duas companhias valem cerca de R$ 220 milhões.

O negócio, no entanto, ainda está sujeito a "condições precedentes" não divulgadas e deve ocorrer até o fim de setembro. Na Prumo, que administra o porto do Açu e hoje pertence aos americanos da EIG, a participação do empresário vai cair de 20,9% para 10,5%. Na MMX, sua fatia sai de 59,3% para 49%.

O Mubadala, fundo de desenvolvimento do governo de Abu Dhabi, é um dos principais credores de Eike na holding EBX, mas não se sabe exatamente qual é o valor dessa dívida hoje.

O empresário também deve cerca de US$ 1 bilhão para os bancos Itaú (US$ 700 milhões) e Bradesco (US$ 300 milhões), que estão perto de fechar um acordo para rolar o pagamento desses débitos por muitos anos.

Com essas operações, a empresa de reestruturação Angra Partners tenta finalmente equacionar a situação financeira do ex-bilionário.

DÍVIDA COM OS ÁRABES

Em abril de 2012, o Mubadala, fundo de investimento do emirado de Abu Dhabi, "investiu" US$ 2 bilhões no grupo EBX em troca de pequena participação acionária.

Mas os árabes estruturam o negócio de uma maneira que puderam transformar o "investimento" em uma dívida, que passaram a cobrar quando o império de Eike entrou em colapso.

O empresário chegou a quitar US$ 500 milhões dessa dívida em julho de 2013, mas ainda restava US$ 1,5 bilhão a ser pago.

Em fevereiro, o Mubadala e a trading holandesa Trafigura compraram o porto do Sudeste, um dos ativos mais valiosos de Eike, que pertencia à mineradora MMX, por cerca de US$ 1 bilhão --US$ 400 milhões em dinheiro e R$ 1,3 bilhão em dívidas.

O empresário, no entanto, nunca divulgou quanto desse valor foi utilizado para abater sua dívida com o Mubadala.


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