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Cenário eleitoral faz Petrobras subir 8%

Especulação sobre entrada de Marina Silva na disputa ajudou papel da estatal a ter maior alta em dez semanas

Vencimento de opções da empresa também colaborou para a valorização; Ibovespa subiu 2,12% ontem

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

Especulações sobre como ficará a corrida eleitoral após a morte do candidato Eduardo Campos (PSB) impulsionaram as ações da Petrobras nesta sexta-feira (15), que registraram o melhor desempenho diário em dez semanas.

Os papéis preferenciais --mais negociados e sem direito a voto-- da estatal terminaram o pregão com valorização de 7,85%, valendo R$ 20,06 cada um. Foi o maior avanço desde 6 de junho, quando ganhou 8,33%. Já as ações ordinárias da petroleira, com direito a voto, subiram 7,78%, a R$ 18,84.

A valorização da estatal ajudou o Ibovespa a ter alta de 2,12% nesta sexta-feira (15). Na semana, o principal índice da Bolsa subiu 2,5%, interrompendo uma sequência de duas perdas semanais.

O volume financeiro movimentado no dia ficou em R$ 6,931 bilhões --acima da média diária no mês de agosto, de R$ 5,995 bilhões.

Segundo analistas ouvidos pela Folha, a avaliação do mercado é que aumentaria muito a probabilidade de haver segundo turno na eleição presidencial de outubro se Marina Silva assumisse a liderança da chapa que era encabeçada por Campos.

"Ela tem uma força política muito maior que Campos. Um segundo turno reduz a chance de vitória da presidente Dilma Rousseff [PT], o que agrada aos investidores", diz Filipe Machado, analista da Geral Investimentos.

O mercado constantemente tem demonstrado insatisfação com a forma com que o atual governo tem gerido as estatais, especialmente em relação à demora para reajustar os preços dos combustíveis, no caso da Petrobras.

"Por isso, uma possível troca de governo dá ânimo à Bolsa. A alta das ações da Petrobras também foi estimulada pela proximidade do vencimento de opções, na segunda-feira", diz Machado.

Em relatório, o analista Roberto Altenhofen, da consultoria Empiricus (que recentemente teve campanha publicitária retirada da internet pelo TSE, a pedido da campanha de Dilma), mencionou um resumo do que tem sido ouvido de investidores, representantes de empresas listadas e gestores de recursos.

De acordo com a análise, "Marina é uma incógnita em alguns pontos, mas a percepção inicial do mercado é que traz uma equipe econômica gabaritada e seus conselheiros estão mais à direita do que a situação. Além disso, teria de aceitar alguns termos do PSB para a efetivação de sua campanha (e vice-versa), o que amenizaria as suas posições mais radicais".

Outro ponto relatado é que agrada o fato de Marina ter defendido o "tripé econômico" em evento com representantes do mercado de capitais. "Falamos isso ainda com o devido respeito que a situação exige e alertamos para a persistência de um elevado nível de incerteza."


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